Segundo o diretor-superintendente do Hospital Público de Macaé (HPM), Aluízio dos Santos Júnior, das vítimas de trauma atendidas mensalmente pela instituição, mais da metade é em decorrência do trânsito. Apenas em setembro, o hospital recebeu 135 vítimas do trânsito, aproximadamente 53% do total de 254 que deram entrada por causa de traumas diversos. “Como traumas entendemos qualquer fator externo, como colisões, agressões e quedas”, explicou.
Em Macaé, como no resto do Brasil, os acidentes de trânsito respondem pela maior parte dos traumas – e as colisões entre veículos, em especial, pela maioria das mortes. De acordo com Santos, a principal razão para o recebimento de tantas vítimas do trânsito é a proximidade do hospital com a rodovia BR-101. A revelação foi feita durante entrevista à rede InterTV realizada na tarde desta terça-feira (16).
Das 135 internações decorrentes de acidentes no trânsito no mês passado, 75 casos (mais de 50%) foram devido a acidentes de motocicleta. Em seguida, figuram acidentes de carro (33 casos), atropelamentos (14) e quedas de bicicleta (13). A maioria dos pacientes é do sexo masculino (entre os internados há cerca de dois homens para cada mulher), com idade entre 18 e 40 anos.
- O custo gerado por essas vítimas é infinito - declarou Santos. Como ilustração, ele citou o valor de R$ 45 mil gastos por um único paciente em estado grave no período de um mês de internação. “Cerca de 10% das vítimas de trauma que recebemos está em estado grave, correndo risco de vida. Além do custo em dinheiro, há ainda o custo social: os pacientes podem morrer ou permanecer com lesões físicas definitivas, ficando impedidos de trabalhar e diminuindo a renda familiar”, disse.