O Hospital Público Municipal de Macaé (HPM) começou nesta segunda-feira (26) sua Semana do Doador de Sangue, em agradecimento às pessoas que fizeram doações e ajudaram o hospital a realizar suas funções. Foi estendida uma faixa na entrada da instituição e cartazes informativos foram afixados em seus corredores, explicando à população a importância de se doar sangue.
– Ter sangue em estoque é fundamental para o HPM, que atende a emergências ocorridas na BR-101 e em municípios vizinhos. Quem é trazido para cá nesse estado não pode esperar. Por isso é importante que as pessoas doem sangue, para estarmos sempre preparados para prestar socorro imediato – explica Glauber Miranda, coordenador da unidade transfusional da instituição.
Mesmo quem não é da área biomédica sabe a importância do sangue para o funcionamento de um hospital. “Meus filhos nasceram prematuros e tiveram que ficar internados por meses. Durante esse tempo, receberam várias transfusões. Se não houvesse sangue no estoque, eles não teriam sobrevivido à internação”, conta Fabiana Ribeiro, de 23 anos.
HPM é a instituição que mais consome sangue na cidade
De todo o sangue utilizado pelas instituições de saúde na cidade, o HPM é responsável por, em média, 30% a 40% do consumo. E a única forma de manter os estoques da instituição é por meio da doação. “Se precisarmos de reagentes, podemos comprá-los. Já o sangue não está à venda”, diz Miranda.
– Precisamos que as pessoas se conscientizem e doem, mas não podemos receber centenas de doações de uma vez. O sangue dura por, no máximo, 45 dias quando armazenado. Por isso, é melhor ter 150 doações por mês, o que garantiria um estoque estável, do que 500 a cada três meses. Teríamos que jogar muito sangue fora – explica ele.
Além do atendimento emergencial, o grande número de transfusões realizadas no HPM – cerca de 300 por mês – torna constante a necessidade de sangue. “Nossa principal dificuldade é convencer as pessoas a doarem. Muitos ainda têm medo, acreditam que o sangue pode ficar mais grosso ou mais fino, ou mesmo que terão a obrigação de doar sempre, depois da primeira vez”, conta.
Apesar de não ser obrigatório, Miranda afirma que o ideal seria se a maior parte das doações fossem de repetição: “Assim já teríamos um banco de sangue constante, sem a necessidade de procurar novos doadores”, diz.