Foto: Arquivo Secom
Trabalho da Ouvidoria faz parte da linha de humanização na qual todas as equipes do hospital estão envolvidas
Doar roupas não dói e é um ato de solidariedade. Por isto, quem tiver roupas e chinelos que não quer mais será sempre recebido em boa hora no Hospital Público Municipal Dr. Fernando Pereira da Silva que aceita doações para os pacientes que precisam. Podem ser objetos usados ou novos e devem ser entregues na Ouvidoria do hospital ou na recepção principal, na entrada da unidade, onde fica uma caixa azul usada para as doações.
A campanha é permanente e recebeu o nome de “HPM de Mãos Dadas com a Solidariedade”. As doações vão para pessoas como uma paciente que há seis meses descobriu que está com câncer na coluna já em fase terminal. Mãe de um bebê de nove meses, o marido é quem cuida dela e do filho e a família depende de ganhar quase tudo para sobreviver, uma vez que a maior parte do tempo passa no hospital. Há ainda as vitimas de acidente de trânsito que perdem tudo no desastre, moradores de rua que estão internados, crianças que nascem sem enxoval e mulheres que chegam à Maternidade sem o mínimo de higiene e precisam de cuidados pessoais.
- Para quem precisa de ajuda é gratificante receber o que necessita. Já quem doa manifesta um ato de grandeza com o gesto voluntário e ajuda muitas pessoas que realmente precisam, destacou a ouvidora do HPM, Denise Neto.
Segundo ela, as doações podem ser feitas durante o dia ou à noite, 24 horas, já que a recepção do HPM não fecha. Mas quem preferir entregar as doações diretamente na Ouvidoria, o setor funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, próximo à recepção principal do HPM.
Denise contou que o trabalho da Ouvidoria faz parte da linha de humanização na qual todas as equipes do hospital estão envolvidas. Começou há três anos quando um grupo da Enfermagem, que cuida diretamente dos pacientes, resolveu fazer as doações internamente, até que o gesto se expandiu extra muros e ganhou o apoio de várias instituições chamadas de Empresas Amigas do HPM. O trabalho conta com ajuda, entre outras instituições, do Lions Club Imbetiba e da Maçonaria Gonçalves Ledo que sempre doa enxoval de bebês e até banheira.
De acordo ainda com Denise, com os objetos doados, os pacientes que não têm família, ao receberem alta, saem do hospital arrumados, com roupas e calçados que ganharam. Além disso, enquanto estão internados eles também usam o que ganham.
- Contamos também com o apoio de órgãos municipais, como o Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social(Fumdec) que doou recentemente uma cadeira de rodas para a paciente com câncer na coluna que está há meses no hospital. Agora ela recebeu alta para ficar uns 15 dias em casa e levou a cadeira de rodas que é dela, disse a ouvidora.
Denise Neto acrescentou que ninguém pode andar descalço dentro do hospital, por isto é muito importante que as pessoas doem chinelos. Os tamanhos mais usados são números 37 e 40 porque a maioria dos pacientes é homem. Com relação a roupas usadas, a ouvidora explicou que todas são lavadas e esterilizadas na lavanderia do hospital antes de serem doadas aos pacientes.
- Eles ficam na maior felicidade quando recebem os presentes e isso ajuda até no tratamento deles, afirmou a ouvidora.
O HPM é mantido pela prefeitura, por meio da Fundação Hospitalar Municipal de Macaé e da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) e é referência em atendimento de média e alta complexidade na região. Está localizado à Rodovia RJ-168, Km 4, no Bairro Virgem Santa, em Macaé, e o telefone para contato com a Ouvidoria é (22) 2773.0061, ramal 216.