O I Encontro de Educadores Sociais de Macaé, que reuniu cerca de 50 participantes no auditório do Centro de Referencia ao Adolescente (CRA), teve como público alvo os técnicos, monitores, oficineiros e instrutores (orientadores e facilitadores sociais) dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e do Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil (Peti).
O objetivo foi capacitar e qualificar os profissionais que estão direta ou indiretamente envolvidos com os serviços de convivência e fortalecimento de vínculos para crianças e adolescentes de seis a 15 anos, e que são desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, da Prefeitura de Macaé.
Durante todo o dia, o público participante ouviu atentamente palestras como “O papel do educador social”, ministrada pelo pedagogo Douglas Fontes; “Como lidar com a agressividade da criança”, proferida pela psicóloga Eliana Bess d’Alcantara e “Serviços de convivência e fortalecimento de vínculos”, pela assistente social e coordenadora dos Cras, Patrícia Lilian da Silva Mendonça. Além disso, houve a apresentação de projetos e planejamentos.
Ao falar do papel do educador, o pedagogo Douglas Fontes destacou sua atuação e posicionamento nas instituições. “O educador social deve se programar e projetar suas ações sempre valorizando a cultura das crianças”, resumiu.
Por sua vez, a psicóloga Eliana d’Alcantara mostrou aos participantes que todo ser humano possui um impulso agressivo e que a agressão é um comportamento emocional, fazendo parte da afetividade das pessoas e sendo determinada pela personalidade ou pelo modo como ela (a criança) é criada.
- A agressividade da criança e do adolescente tem relação com as interações familiares e com o ambiente social. O estresse socioeconômico familiar, a miséria, a fome, a privação de afeto, o abandono da escola e o pouco cuidado dos pais tornam os indivíduos mais suscetíveis à agressividade, principalmente, se vivem em comunidades violentas, sem um adulto que lhes orientem – alertou.
A coordenadora dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Patricia Mendonça explicou que o evento foi pensado e proposto por profissionais da área. “A idéia do encontro partiu da observação de quem trabalha no serviço de convivência e fortalecimento de vínculos para crianças e adolescentes, todos profissionais da Secretaria de Desenvolvimento Social. Eles apresentaram a demanda e receberam o total apoio para sua consecução”, disse, completando que o encontro visou qualificar os que buscam o aperfeiçoamento das ações e a idéia é que haja outros encontros para melhor atendimento à população usuária, bem como às famílias.
Em sua palestra, que versou sobre os serviços de convivência e fortalecimento de vínculos, Patricia Lilian apontou conceitos e metodologias de trabalho para serem utilizados pelos profissionais envolvidos com os usuários (família, crianças e adolescentes). Ela explanou aos participantes do encontro como se dá o trabalho desenvolvido a esse público específico nas comunidades.
Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – Os serviços de convivência e fortalecimento de vínculos oferecidos para crianças até 6 anos de idade são realizados no CRAS Aeroporto. Para crianças e adolescentes de 6 a 15 anos, no CRAS Aeroporto e Botafogo e para adolescentes e jovens de 15 a 17 anos, no Projovem e CRAS Botafogo.
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