Foto: Rui Porto Filho
Aulas, que valorizam a identidade cultural, terminam em dezembro
Por mais respeito entre as raças, autoestima elevada e valorização da identidade cultural das populações afrodescendentes e africanas. Isso e muito mais tem sido ministrado no curso "Educação e Relações Étnico-Raciais", promovido quinzenalmente pela Vice-Presidência de Igualdade Racial da Fundação Macaé de Cultura, para profissionais de ensino, no Solar dos Mellos – Museu da Cidade de Macaé. As aulas terminam em dezembro.
Marcando presença no curso desde seu início, no dia primeiro de setembro, a professora de Biologia, Caroline Rocha de Amorim Hidalgo (34), do Colégio Municipal Botafogo, afirma que busca nas aulas do Solar, a capacitação para enfrentar conflitos que presencia em sala de aula. "Como principal problema existe o bullying, que buscamos sempre combater",comenta.
Quem profere os conteúdos das aulas é a pedagoga Sandra Brandão. Na atividade dessa quinta-feira (13), o vídeo "Não Deixe o Samba Morrer", que
mostra a história do samba como elemento de resgate da cultura afro-brasileira, foi exibido. Inclusive, foi destacado que esse tema pode ser utilizado pelos professores em sala de aula, por intermédio do uso das letras de músicas, refletindo o reconhecimento da identidade cultural das populações negras.
Curso destaca diversidade cultural
Para a vice-presidente de Igualdade Racial, Zoraia Braz, o objetivo do curso "Educação e Relações Étnico-Raciais" é auxiliar na implementação da Lei 10.639, que estabelece a obrigatoriedade do Ensino da História e da Cultura Africana e Afro-brasileira. "O curso também visa promover que os profissionais de ensino possam lidar com a diversidade cultural no ambiente escolar", disse.
Ela conta que o setor de Igualdade Racial existe em Macaé desde o ano de 2011, efetuando políticas de promoção da igualdade racial e de combate ao racismo. "Buscamos, ao longo dos anos, envolver diferentes setores da municipalidade como Educação, Saúde, Desenvolvimento Social, Desenvolvimento Econômico e a Agência de Trabalho, Educação Profissional e Renda de Macaé (Agetrab)", conta.
No setor educacional, além do curso "Educação e Relações Étnico-Raciais", Zoraia cita os projetos para alunos e professores "Ciranda de Papo e Memória" e "Fala Jovem". Este último direciona-se a adolescentes de todas as idades, quando profissionais da Igualdade Racial fazem palestras nas instituições de ensino.
- Para o setor de Saúde, promovemos o projeto 'Saúde da Cabeça aos Pés', no qual tivemos duas turmas com 200 profissionais. Mostramos a eles os cuidados necessários à saúde da população negra. Na Agetrab, trabalhamos para a inserção da mulher negra no mercado de trabalho formal - citou.
Ela acrescentou que no Desenvolvimento Social, a autoestima e a valorização da identidade cultural das populações africanas e afrodescendentes são destacadas. No curso desta quinta-feira (13), a data do Dia dos Professores, no sábado (15), foi comentada para registrar o vídeo "Não Deixe o Samba Morrer".