Já está tudo preparado para a II Feira Macaense de Artesanato (Femarte), considerada uma das maiores feiras artesanais da região. O evento acontece começa nesta quarta-feira (26), das 13h às 21h, na Praça Veríssimo de Mello. Na ocasião será inaugurada a Exposição “Sentimentos de Macaé”, de Cocco Barçante. O público que for à Femarte terá acesso ainda a 40 espaços de exposição, uma praça de alimentação, espaço para palestras, oficinas e shows de música ao final da tarde. A Feira segue até sexta-feira (28).
Desenvolvida pela parceria entre o Sebrae e a Prefeitura de Macaé, por meio da Escola de Qualificação, Gabinete da vice-prefeita e secretária de Educação, a II Feira Macaense de Artesanato faz parte do calendário do município e segue a proposta do coordenador geral do Macaé 200 anos, Ely Peron. De acordo com Marilena Garcia, a segunda edição da feira promete ser marcante para a cidade:
- O objetivo é reforçar a importância do artesanato como fator de desenvolvimento local e regional. Além dos cursos e parcerias voltados para responsabilidade e sustentabilidade, o município vai ganhar o acervo histórico do projeto “Sentimentos de Macaé”, que segue o modelo do projeto “Sentimentos do Rio”, idealizado pelo artista plástico e consultor do Sebrae, Cocco Barçante, e que se tornou referência artística nacional e internacional, disse Marilena.
A II Femarte será aberta com inauguração da exposição “Sentimentos de Macaé” e, em sequência, haverá, às 15h, a palestra “Projeto Sentimentos de Macaé”. Já às 17h haverá a palestra “Artesanato e Empreendedorismo”. Já no dia 27, a II Feira Macaense de Artesanato segue com a palestra “Economia Solidária como alternativa de desenvolvimento sustentável e territorial”, ministrada pela coordenadora do ITP/Universidade Estadual do Norte Fluminense, geógrafa e mestre em Planejamento Regional e Gerência de Cidades, Nilza Franco Portela.
O público terá a oportunidade de assistir a palestra “Rede de Economia Solidária Norte Fluminense e o Design Solidário”, que será ministrada pelo representante da Universidade Estadual do Norte Fluminense, Guilherme Azevedo, às 15h. A grade de cursos também vai se estender com a palestra “Economia Solidária - uma nova economia”, apresentada pelas secretárias executivas do Fórum de Economia Solidária de Campos dos Goytacazes, Karla Barreto de Aguiar e Rosane Ribeiro Nunes. No final da noite, às 19h, o público terá a oportunidade de assistir a um desfile de modas com as principais tendências.
Outra novidade desta edição é que, na sexta-feira (28), às 14h, a Femarte contará com a palestra “Projeto Roçarte: Associativismo e geração de renda”, que será ministrada para artesãos e produtores locais pela coordenadora geral do Projeto Roçarte, Nelly Barbosa Teixeira. No decorrer da tarde, haverá, às 15h, a oficina “O uso da cor no processo de criação (técnica de degradê)”, ministrada pelo consultor do Sebrae, Cocco Barçante.
Sentimentos de Macaé - O público que visitar a Femarte vai se encantar com painéis artesanais formados pelas letras que compõem a palavra Macaé. Para a produção do trabalho, Cocco Barçante contou com a atuação de 30 artesãs, instrutoras e ex-alunas da Escola de Qualificação. Foram 400 horas de trabalho em workshops semanais em que foram feitas pesquisas específicas e oficinas voltadas para harmonia de cores, formas e conceitos. Outra novidade idealizada por Barçante foi o reaproveitamento de retalhos de tecidos e uso de embalagens em PET para os produtos:
- O projeto é primoroso. Destacamos as potencialidades, ícones turísticos e culturais, história e a realidade do município. Por exemplo, para cada letra que compõem o nome Macaé foi retratada uma técnica artesanal da região, como escama de peixe, bordado e patchwork. Fiquei muito feliz por poder trabalhar em Macaé e descobrir tantos talentos. Espero que outros municípios sigam o exemplo da cidade e também se voltem para a criação de uma produção coletiva, com pessoas que fazem parte da história da cidade – disse o artista plástico.
Macaé é a primeira cidade do interior estado a receber o projeto “Sentimentos”. Com isso, as vogais e consoantes que foram a palavra Macaé ganharam formas, cores e lembranças quanto à cultura e transformações da cidade: “Na letra “M”, por exemplo, foram destacados pontos históricos, como o Solar dos Mellos e Igreja São João Batista. Já na vogal “A”, foram produzidos trabalhos focados no crescimento econômico de Macaé, a exemplo das plataformas de petróleo. Na letra “C”, preparamos surpresas com materiais reaproveitados da peça do jeans, ligadas à fauna e flora, como a Restinga de Jurubatiba”, pontuou.
Os painéis coloridos em madeira e formato tridimensional também abrangem a letra “A”, com imagens dos pontos turísticos da Serra, como o Pico do Frade. Finalizando, a letra “E” eleva o trabalho da cidade diante da atividade pesqueira: “Para isso foram utilizados materiais em escamas de peixes”, contou Barçante. O próximo passo do consultor do Sebrae e artista plástico é prosseguir com workshops em cidades do estado. Além disso, ele também vai lançar um trabalho focado em elementos artesanais e arteterapia na Casa de Cultura de Petropólis, que será inaugurada em breve.
- Projetos como o “Sentimentos de Macaé” traduzem a importância do artesanato como fator forma de incentivo e fortalecimento profissional do artesão. Ficamos gratos com as parcerias que continuaram nesta edição, como a UTE Norte Fluminense, Acim e Sebrae, somadas a Odebrecht e ao Hotel Nolasco. Este é um projeto que se consolidou no calendário do município por ser voltar para a integração e troca de saberes, valorização das capacidades criativas locais e fortalecimento da identidade regional, finalizou Marilena.