II Fórum Regional de Educação aborda a inclusão

29/08/2023 15:22:00 - Jornalista: Equipe Secom

Foto: João Barreto

O evento aconteceu no Salão Nobre Dr. Carlos Augusto de Paula, na Câmara de Vereadores de Macaé

O segundo dia do II Fórum Regional de Educação teve uma vasta programação desde a manhã desta terça-feira (29), no Salão Nobre Dr. Carlos Augusto de Paula da Câmara de Vereadores de Macaé. O evento, que discute políticas públicas para uma educação inclusiva, é promovido pela Secretaria de Educação de Macaé com o tema "Por uma Educação Plural". Estiveram presentes cerca de 250 profissionais de Macaé, Campos dos Goytacazes, Rio das Ostras, Armação dos Búzios, Cambuci, Carapebus, Miracema, Quissamã e Casimiro de Abreu.

A primeira palestra foi ministrada pelo professor Jorge Luiz Rodrigues dos Santos, doutor em Memória Social e mestre em Educação. Ele abordou o tema "Diversidade, diferença e direitos humanos: desafios urgentes na educação do século XXI". Também palestraram a professora Kátia Valéria Magalhães, coordenadora do Programa da Cultura Afrobrasileira nas Escolas; e a coordenadora de apoio à gestão da Superintendência de Educação Infantil, Joice Elaine Cruz Machado.

Houve, ainda, a palestra "Um olhar Anti-Capacitista no Paradigma Social da Educação Inclusiva no Ensino Básico", com a professora Cris Passinato, doutoranda em Química Biológica com ênfase em Educação, Gestão e Difusão em Biociências. Também foram apresentadas experiências exitosas na área da diversidade racial e inclusão da pessoa com deficiência por representantes dos municípios de Italva, Búzios, Quissamã, São João da Barra e Campos dos Goytacazes.

Encontro começou na segunda-feira

No primeiro dia o evento teve as palestras "Políticas e práticas educacionais na perspectiva inclusiva: entre a luta e o direito", com o diretor de Políticas de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva do Ministério da Educação (SECADI/MEC), Décio Guimarães; "Tecnologia para uma Educação Plural", com a professora da rede de ensino de Macaé, Luemy Avila; e "Diversidade e Ambiente", com o professor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Celso Sánchez.

A Secretária Municipal de Educação, Leandra Lopes, afirmou que a proposta foi discutir uma educação inclusiva com os educadores. "O momento é de aprender e, com isso, incluir, escolarizar e pensar no outro", pontuou. O presidente da Câmara Municipal de Macaé, Nilton César Pereira Moreira, falou sobre a importância de debater as políticas públicas da educação especial no município. "É fundamental conscientizar a população de Macaé e região", ressaltou.

A abertura do Fórum contou, também, com a participação da vereadora Iza Vicente; do promotor de Justiça – Infância e Juventude, Lucas Bernardes; e dos Secretários de Educação da região: Ana Lúcia Terra (Cambuci), Rodrigo Ramalho de Almeida (Búzios), Ivanete da Hora Santos (Carapebus), Charles de Oliveira Magalhães (Miracema), Mauricio Henrique Santana (Rio das Ostras) e Marcelo Machado Feres (Campos dos Goytacazes).

Estratégias anti racistas em Macaé

Com a proposta de orientar as ações da rede pública municipal de ensino em relação à temática étnico-racial, a Secretaria de Educação de Macaé, em parceria com a Secretaria Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, lançou, em maio, o Caderno de Diretrizes para uma Educação Antirracista. O material apresenta aspectos pedagógicos, abordando conceitos e práticas importantes para a promoção de vivências éticas capazes de favorecer o respeito às diferenças.

Já no início de agosto foi promovido o dia de "NutriAfro" nas escolas da rede municipal. O objetivo foi propor um cardápio com receitas que exaltam heranças culturais. Ele ofereceu aos estudantes comidas nutritivas, selecionadas pelas nutricionistas da Secretaria Municipal de Educação. As refeições serão inseridas no cardápio da merenda escolar uma vez ao mês. O NutriAfro é uma das ferramentas para a implementação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, que tratam da obrigatoriedade do estudo da História Afro-Brasileira e Indígena.

"Instituímos um núcleo de educação antirracista. Fizemos a formação dos professores e dos diretores. Elaboramos o Caderno de Diretrizes para uma Educação Antirracista e também o projeto NutriAfro. Também há um trabalho realizado contra a intolerância religiosa. Além disso, tem a compra de bonecas pretas e de livros de literatura antirracista para a rede municipal de ensino", elencou o Secretário Adjunto de Educação Básica, Robério Fernandes.


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