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Iluminação da Igreja de Santana será inaugurada com festa

08/12/2005 16:55:57 - Jornalista: Simone Noronha

O Conservatório Macaense de Música e a Sociedade Musical Lyra dos Conspiradores vão participar da inauguração da iluminação artística da Igreja de Santana, em Macaé. A inauguração acontece às 19h, nesta sexta-feira, e marca o início do processo de restauração da Igreja, um dos principais patrimônios históricos da cidade. O Conservatório vai apresentar uma camerata de violões, com sete músicos. A Lyra vai tocar o Hino Nacional.

Participam da inauguração os membros da Confraria de Santana, entidade mantenedora da Igreja, o prefeito Riverton Mussi, o secretário de Acervo e Patrimônio, Ricardo Meirelles, o secretário estadual de Energia, Industria Naval e Petróleo, Wagner Victer, o secretário estadual de Cultura, Arnaldo Niskier, e o presidente da UTE Norte Fluminense, Dominique Silvain. A partir de janeiro, a Igreja será totalmente restaurada pela prefeitura.

Com a iluminação artística, a Igreja poderá ser vista de toda a cidade. As equipes estão dando os retoques finais na obra. A iluminação será subterrânea, embutida na estrutura com o foco de cima para baixo, feita em veias laterais sobrepostas ao piso. Serão colocados 26 refletores de 70 a 250 watts de potência, sendo quatro na torre (cúpula) da Igreja. O Cristo será iluminado com lâmpada a vapor metálica. A iluminação é totalmente automática, tendo 10 tipos diferentes de programação. A fachada externa terá duas cores: a base branca e os detalhes em salmão.

História - A história da Igreja de Santana se confunde com o início da colonização de Macaé, feita pelos padres jesuítas a partir de 1630. No mesmo ano, eles começaram a erguer no alto do morro a Capela de Santana, um engenho e um colégio, num lugar que mais tarde ficou conhecido como a Fazenda dos Jesuítas de Macaé. Nos fundos da capela, foi instalado um pequeno cemitério, que até hoje guarda os restos mortais de alguns padres.

Além do açúcar, os padres produziam farinha de mandioca em quantidade e extraíam madeira para construções navais e edificações. Em 1759, a fazenda foi incorporada aos bens da coroa portuguesa pelo desembargador João Cardoso de Menezes. No mesmo ano, os jesuítas foram expulsos do Brasil, imposição feita pelo Marquês de Pombal. A Igreja de Santana foi fundada um século mais tarde, em 1898, no local onde foi erguida a primeira capela dos jesuítas.

A igrejinha no alto do morro também faz parte da lenda mais popular da cidade. Conta a lenda que a Imagem de Santana foi encontrada por pescadores, numa das Ilhas do Arquipélago que lhe dá o nome (Ilha de Santana). Trazida para o povoado, a imagem teria sido colocada no Altar Mor da Capela dos Jesuítas, desaparecendo misteriosamente no dia seguinte. Foi encontrada alguns dias após, na ilha e levada novamente à Capela. O fato repetiu-se mais duas vezes. Na terceira fuga, concluíram os devotos que a Santa sentia saudades da ilha que era avistada do Altar da Capela. Desta forma, os padres reedificaram o templo, voltando sua fachada frontal para o ocidente onde a Santa não “veria” mais o mar e o arquipélago de onde viera.