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Inclusão: Alunos especiais da EJA já estão integrados ao ensino regular

13/07/2011 10:09:50 - Jornalista: Andréa Lisboa

Atendendo as novas orientações do Ministério da Educação (MEC) quanto à educação especial, a Prefeitura de Macaé incluiu alunos com necessidades educacionais especiais da Educação de Jovens e Adultos (EJA) Diurna em escola regular e com acompanhamento especializado no contraturno. A Rede Municipal de Educação, desde abril, recebe estudantes de Ensino Fundamental da EJA que eram atendidos pela Rede Estadual e também os que frequentavam apenas a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). A Escola Municipal Maria Isabel Damasceno Simão é um dos exemplos de integração bem sucedida.

Alunos com deficiência intelectual estão, desde abril, incluídos em turmas regulares nos turnos da manhã e da tarde na E. M. Maria Isabel Damasceno Simão, no Centro. Os estudantes, que têm de 18 a 51 anos, já estão integrados aos demais estudantes e apresentando bons resultados quanto ao desenvolvimento cognitivo e à sociabilidade.

Além da ênfase no processo de alfabetização, os estudantes têm aulas de Artes, Educação Física e Informática, em turmas multisseriadas. A escola dispõe de uma turma no turno da manhã e duas à tarde, com cerca de seis estudantes em cada turma. Cada turno conta com cinco profissionais da educação que oferecem diariamente atendimento individualizado, além de uma coordenadora da Educação Especial da Secretaria de Educação, que presta orientação pedagógica semanal.

Os estudantes do turno na manhã são procedentes do Colégio Estadual Mathias Neto. No contraturno, eles fazem aulas de capoeira, natação, entre outras, na ONG ‘Portadores da Alegria’, conveniada à prefeitura. Os alunos do turno da tarde, que eram estudantes da Apae, fazem as atividades de contraturno nessa associação.

Eles, que demonstram muito carinho pelos professores, gostam de expor seus trabalhos de artes e de mostrar seus avanços aos demais alunos da escola. A professora de Artes, Tânia Regina, disse que as atividades aplicadas em suas aulas desenvolvem a psicomotricidade, por meio de trabalhos de colagem, texturas e até de dança solta.

- O maior benefício é a própria integração. Eles estão vivenciando o ambiente escolar, convivendo com estudantes do ensino regular, mas com um acompanhamento profissional constante e interdisciplinar, ressalta a coordenadora da EJA, Leila Clemente.

A diretora da Escola Maria Isabel Damasceno, Lucy Caldas Simão, destacou a importância do trabalho prévio para receber os estudantes com necessidades educacionais especiais. “Para recebê-los, preparamos os profissionais e alunos da escola em palestras. Hoje, eles estão bem integrados e respeitados pelos outros alunos”, diz.

A Escola Municipal Lions, no Bairro da Glória, é a escola polo para inclusão de estudantes surdos no município. Ela recebeu no ano passado vinte estudantes que eram atendidos pela Associação Macaense de Apoio ao Deficiente Auditivo (Amada). Além do atendimento aos surdos, o município qualificou a Escola Municipal Ancyra Gonçalves Pimentel, no Miramar, para que se tornasse polo para inclusão de estudantes com deficiência visual ou intelectual.

Pela primeira vez, no ano passado, houve concurso público para área de educação especial. Foram efetivados vinte e oito profissionais, entre professores e intérpretes, todos já atuando. Macaé conta com dez salas multifuncionais que, além dos equipamentos, recebem do MEC a formação para especialização de docentes. Também os cursos de formação continuada oferecidos pela secretaria têm foco na educação especial inclusiva.