Foto: Divulgação
Inovação é uma das metas do Instituto Macaé de Ciência & Tecnologia
Os empreendedores que tiveram seus Modelos de Negócio selecionados pela Incubadora de Empreendimentos Inovadores de Macaé, de acordo com o Edital 01/2015, estiveram na quinta-feira (10), na sede do Instituto Macaé de Ciência & Tecnologia (IMCT), para conhecerem as instalações da Incubadora e assinarem o contrato que formaliza o processo. Essa etapa reforçou a sinergia entre os integrantes do projeto, que adotará o modelo de co-work. Por este motivo, a partir desta sexta-feira (11), o grupo já se reunirá diariamente para que todo o planejamento de trabalho seja elaborado de forma coletiva. A cerimônia de inauguração da Incubadora acontecerá, no auditório do IMCT, no dia 19 de janeiro de 2016.
O coordenador dos projetos do Parque Tecnológico e Incubadora de Empreendimentos Inovadores, Carlos Eduardo Silva, considera que a reunião desta quinta-feira foi um importante marco para o trabalho realizado pelo IMCT, em conjunto com as empresas selecionadas, no esforço de se obter um instrumento essencial para a construção de um modelo de relacionamento entre as empresas, as universidades e o governo. “O projeto que está começando consolida a criação desse esforço para o empreendedorismo e inovação que tende a fortalecer o município e culminará na consolidação do Parque Tecnológico”, diz.
Alguns empreendedores consideram que ser membro da Incubadora de Empreendimentos Inovadores, ter a chancela da prefeitura, por meio do IMCT, dá mais credibilidade ao seu projeto. Isso é o que conta Bruno da Silva Pinto, da BR Solutions, que pretende ser uma “Fábrica de softwares”. Bruno começou já fazendo sucesso na área de logística de transportes de carga. Mas está sendo procurado para desenvolver programas para outros segmentos e encontra novas oportunidades na diversificação. “Estou também aberto para projetos em outras áreas. Acredito que novas oportunidades de contratos estejam chegando por conta da chancela da incubação. Além disso, eu trabalhava em casa. Achei muito bom esse espaço para reuniões de negócio e para trocar ideias”, enfatiza.
Já para outros empresários, a seleção para a incubação aumentou a autoconfiança a ponto de motivar passar de microempreendedor individual (MEI), para microempresa (ME). Foi o que aconteceu com o Modelo de Negócio da Cristiane Shizue, o “Matricaria - Economia Criativa”, que já se transformou na ME Interatus, com a adesão de um sócio, o consultor ambiental com 30 anos de experiência, Rogério Alves. “Temos participado de eventos do setor e buscado pesquisar o mercado local. Sabemos de nosso potencial, porque somos a única empresa de responsabilidade social na área ambiental da região. Estando tão bem localizados, na Incubadora, junto às firmas, com o respaldo da prefeitura, não temos que ter medo de crescer”, frisa Shizue.
No caminho certo
Outro Modelo de Negócio incubado que expressa a preocupação com o meio ambiente é o “EcoResidência - Soluções em Sustentabilidade”, de Rafaela de Lima e Vinicius Scaringi, voltado para a área de construção civil e fundamental ao país em tempos de crise hídrica e bandeira vermelha na conta de luz. Por fim, o “Pointe - Pontos de Ônibus Inteligentes”, de Lucas Peixoto, que trata de mobilidade urbana, problema apontado entre os principais de todas as médias e grandes cidades do país. Nesse caso, o que chama a atenção não é apenas a qualidade do projeto, mas o fato do projetista ter 20 anos de idade e ser velho conhecido de feiras de ciências municipais, tendo obtido medalhas de prata estadual e de bronze na Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (Febrace), na Universidade de São Paulo (USP). São casos como o do Lucas que apontam que o incentivo à curiosidade científica desde a Educação Básica, política pública desenvolvida pelo IMCT, é um dos mais importantes caminhos para se chegar à inovação.