Foto: Maurício Porão
Macaé aposta em alternativas para driblar a crise econômica nacional
Gestores e acadêmicos de universidades públicas e privadas da Região Norte Fluminense, representantes da administração municipal e de entidades do segmento da indústria e do comércio parceiras da prefeitura prestigiaram na tarde dessa terça-feira (19) da inauguração da Incubadora de Empreendimentos Tecnológicos, na sede do Instituto Macaé de Ciência & Tecnologia (IMCT), no Novo Cavaleiros, entre os polos industrial e universitário. Na oportunidade, o diretor da Incubadora, Carlos Eduardo Silva, divulgou que o lançamento do Edital 01/16, para que mais cinco novos Planos de Negócios inovadores se somem aos quatro já selecionados no ano anterior, será no dia 19 de fevereiro.
O prefeito Dr. Aluízio, durante a cerimônia de inauguração, ressaltou a necessidade de se levantar prioridades diante da grave crise atravessada pelo país e sentida, mais especificamente em Macaé, um município que durante décadas associou seu desenvolvimento econômico basicamente à prosperidade da indústria petrolífera. Por tanto, ratificou que o empenho da gestão está sendo muito intenso e em várias frentes. “Esse lançamento representa também um esforço para melhorar o dia a dia da população. É mais uma porta que se abre, futuramente, para novas oportunidades de empregos, renda e perspectivas”, diz.
O presidente do IMCT, Joelson Tavares, frisou que o governo municipal não propõe nenhuma novidade e nem é uma voz uníssona no Brasil, e sim se fundamenta em experiências bem-sucedidas de muitos outros países. “Não é possível se basear apenas em uma matriz econômica esgotável como o petróleo”, pontuou o gestor, destacando a presença de um dos pioneiros no processo de interiorização da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e atual diretor do Núcleo de Pesquisas do bairro São José do Barreto da UFRJ/Macaé, Francisco Esteves, presente ao evento, precursor, no município, da defesa da diversidade econômica por meio do investimento em pesquisa. O diretor-presidente do IMCT salientou ainda que além do aglomerado de universidades públicas com potencial para pesquisa na região, como a UFRJ, UFF, UENF, UERJ e FeMASS, das instituições privadas, e ainda do importante parque industrial concentrado no município, outro diferencial, igualmente significativo, determina a vocação para que Macaé se torne uma cidade produtora de conhecimento.
- Poucos municípios do país responderam a esta questão com tanta seriedade e determinação. O papel catalisador do poder público está sendo feito. Investir em Ciência e Tecnologia é pensar no amanhã e isso só pode ser realizado em rede, por isso, estamos trabalhando em um Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação. É contraditório, mas a crise tem seu lado positivo, porque atrai a nossa atenção para aquilo que não estávamos vendo e era preciso que fosse levado em consideração, diz.
O diretor da Incubadora, Carlos Eduardo Silva, durante sua explanação, fez uma análise dos Planos de Trabalho relativos aos primeiros anos da atual gestão aos últimos, visto às mudanças de perspectivas. “Há dois anos o barril de petróleo aproximava-se de US$100. A partir daí, veio a queda do valor do barril e do PIB nacional, tornando necessária uma adaptação do projeto original do Parque Científico e Tecnológico. Não menos ousado, nem menos transformador, por adiarmos a construção do espaço físico. Isso está sendo feito para o investimento em potencias negócios de sucesso”, salienta.
Também participaram da cerimônia de abertura do evento o vice-diretor da UFRJ/Macaé, Paulo de Assis Melo; o coordenador do Laboratório de Empreendimentos Inovadores (LEI), vinculado ao Instituto de Ciência e Tecnologia instalado no Polo Universitário da Universidade Federal Fluminense em Rio das Ostras (PURO/UFF), Rodolfo Cardoso; o membro da Coordenação do Laboratório de Engenharia e Exploração de Petróleo (Lenep/Uenf), Fernando Sérgio de Moraes e, representando a Câmara Municipal, o vereador Luciano Diniz.