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Índice de dengue diminui em Macaé

17/08/2011 16:38:59 - Jornalista: Genimarta Oliveira

Foto: Rui Porto Filho

Equipe do CCZZ durante visitas domiciliares nos bairros de macaé.

A secretaria de Saúde de Macaé, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), realizou este mês, o terceiro Levantamento de Índice Rápido para Aedes Aegypti (Liraa). O resultado da pesquisa apresentou um índice de Infestação Predial da cidade de 0,2%, condição considerada satisfatória pelo Ministério da Saúde.

O diretor do CCZ, Rogério Lemos, lembra que a queda nos índices está baseada no trabalho realizado frequentemente em todos os bairros, com visitas domiciliares para verificação de focos e eliminação de larvas, além de orientações aos moradores. “Ainda falta conscientização da comunidade, muitos ainda não fazem sua parte para combater a dengue”, enfatiza.

Ele explica que a cada ano são realizados quatro Liras, para que haja um acompanhamento frequente do quadro geral da dengue no município. O objetivo do Liraa é permitir diagnóstico rápido da situação de infestação de uma localidade, para direcionamento das ações de controle do vetor e de educação em saúde. O resultado final é obtido por amostragem.

Segundo Rogério, dos 85.841 imóveis visitados rotineiramente por ciclo na cidade, o Liraa amostrou 4.325 imóveis dos quais oito foram positivos para Aedes Aegypti, dois para Aedes Albopictus quatro para Culex Quinquifasciatus e um para Limatus sp, distribuídos em 12 estratos abrangendo todos os 44 bairros.

O resultado da pesquisa apontou que os depósitos predominantes foram os de nível do solo (caixa d’água, tambor, tonel) com frequência percentual de 60 % seguido dos depósitos móveis, vasos e frascos com plantas com 20%. “A análise do Liraa é bastante complexa. Os agentes entram nos quintais e fazem uma varredura completa”, disse.

Os bairros onde estes depósitos ainda continuam predominando são Ajuda de Cima, Malvinas, Botafogo e Maringá.

- Os resultados obtidos neste Liraa indicam a necessidade de se manter as ações de prevenção da doença, já que o vetor encontra-se presente em alguns bairros da cidade, embora em baixas densidades. Para isso, é importante a colaboração da sociedade -, relatou Rogério acrescentando que as visitas dos agentes tem papel fundamental na divulgação do conhecimento e controle do vetor, porém, somente através de uma rede envolvendo população e poder público atuando nos ambientes domiciliares e locais de trabalho, e eliminando fatores de risco para a presença do vetor, é possível conseguir minimizar os riscos.