Alunos e professores interessados em participar dos concursos ‘Pratique a Cidadania, Cuide Bem de seu Livro Didático’ e ‘Livro Didático: Interfaces Pedagógicas do Professor’ devem se apressar para entregar seus trabalhos às escolas. Cada unidade escolar, até o próximo dia 20, poderá encaminhar até três produções de cada categoria à Secretaria de Educação. Os projetos têm o objetivo de incentivar a utilização, a conservação e o cuidado com os livros didáticos, bens públicos reaproveitáveis, que devem ser utilizados por três anos, de acordo com as orientações do Ministério da Educação (MEC).
A Secretaria de Educação, por meio da Coordenação do Livro Didático, atende com o programa Livro Didático do MEC a alunos de sessenta escolas do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, incluindo a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e do Ensino Médio. O FNDE lançou este ano o programa ‘Prática Inovadoras de Cuidado com Livro Didático’, mas há quatro anos o município já desenvolve ações com esse fim, atendendo a Resolução 60 do FNDE-MEC, que cita que o livro didático é um bem público e a escola de deve primar por sua boa utilização, conservação e cuidado. “Macaé está à frente nessa política”, diz a coordenadora do setor, Roze Tomaz.
- Tanto o trabalho com o aluno, quanto com o professor tem um bom resultado para a boa utilização, para a conservação, porque os alunos encapam e têm cuidado; e também para a devolução ao final do ano letivo, avalia.
A cada ano um novo projeto é lançado. Neste ano, a Secretaria de Educação apresentou a todas as escolas assistidas a campanha “Devolver é Legal”, que remete à legalidade e também à solidariedade. Posteriormente lançou às escolas os concursos de slogan e de práticas pedagógicas. A intenção principal dos idealizadores é a redução do extravio dos livros. “A proposta é aumentar a consciência do cuidar do bem público, que é oriundo de nossos recursos”, explicou o Secretário de Educação, Guto Garcia.
Resultados positivos
Algumas escolas já desenvolvem trabalhos que se destacam. A partir do ‘Luzivro’, personagem criado pelo aluno Vitor Hugo Oliveira de Araújo, 11 anos de idade, do 5º ano do Colégio Municipal Neuza Goulart Brizola, representando a luz do livro, a unidade escolar produziu um fantoche que anima os eventos literários. Os concursos de mascote do programa Livro Didático são incentivados pela secretaria desde 2002. As mascotes representam o programa por três anos, que corresponde ao tempo de uso dos livros. O Luzivro vai representar o programa até 2012.
O fantoche confeccionado para divulgar a campanha ‘Pratique a Cidadania, Cuide Bem de seu Livro Didático’ foi idealizado pela professora Marlene de Oliveira Ferreira. O personagem visitou todas as salas de aulas da escola junto com seu criador, contando como foi e porque foi criado o Luzivro, o cuidador do livro didático.
- A partir dessa iniciativa quase todos os alunos da escola se interessaram pela campanha. Alguns slogans foram selecionados pela escola para serem apresentados em um mural, explica a diretora Eliete Santuchi Lima.
Eliete avalia o resultado dessas campanhas como muito positivo, porque 99% dos alunos da unidade devolveram seus livros didáticos bem conservados. A escola também desenvolve projetos paralelos, como a eleição bimestral de um aluno Amigo do Livro por turma, que estimula que os livros sejam encapados e também contabiliza os perdidos. As turmas criaram um acróstico sobre o projeto e concorrem, assim como os mais leitores, a premiações no final do ano com kits de livros e material didático.
Além disso, essa escola tem cinco professores participantes do concurso ‘Livro Didático: Interfaces Pedagógicas do Professor’. Marlene Ferreira, que cursou na Secretaria de Educação aFormação Continuada do Programa do Livro (PLI), do Governo Federal, considera que o programa muda a postura de professores e de alunos.
- A formação é importante para o professor pela trocas de ideias e contato com novas tecnologias e o concurso para estimular a criação de novas práticas. Os concursos são uma referência de ponto de partida tanto para professores, quanto para alunos, diz a professora.
O aluno Udson Ferreira, sete anos, do 1º ano é um frequentador diário da biblioteca da escola. Quando perguntado sobre o que gostaria de ser no futuro, respondeu “Queria ser leitor”. Udson considera que lendo aprende mais.
A culminância dos projetos acontecerá no dia 11 de outubro, na sede da Secretaria de Educação. Serão selecionados os cinco melhores trabalhos dos alunos e as cinco melhores práticas pedagógicas. Os finalistas receberão medalhas, certificados e brindes. As atividades selecionadas serão apresentadas durante os cursos de formação continuada.