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Jacaré é devolvido ao seu habitat natural: o Rio Macaé

13/03/2010 11:44:27 - Jornalista: Lourdes Acosta

Foto: Divulgação

Meio Ambiente promoveu a soltura do jacaré no Rio Macaé

Acostumado a viver em rios, brejos, banhados, lagoas costeiras e do interior, pântanos, e manguezais, o jacaré-de-papo-amarelo, encontrado próximo a um quiosque da Praia de Imbetiba e que foi tratado pela equipe do setor de fauna, da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), foi devolvido nesta sexta-feira (12), ao seu habitat natural: o Rio Macaé.

Segundo o biólogo Alexandre Bezerra, o animal denominado cientificamente de Caiman latiróstris, está numa fase de jovem para adulto e vulnerável de extinção. Durante o período que esteve hospedado na secretaria recebeu jatos d’água no tanque artificial para manter a umidade do couro e alimentação.

- O animal não apresentou sinais de maus tratos. O jacaré-de-papo-amarelo é um animal feroz que pode causar ferimentos nas pessoas, mas, mesmo assustado, não atacou ninguém. Ele foi alimentado e umidificado para não sofrer. Acreditamos que ele tenha sido trazido pela correnteza do Rio Macaé, ou atraído para sua foz em busca de peixes para se alimentar – disse, focando que a degradação ambiental provocada por materiais orgânicos jogados no rio também contribuem para o deslocamento dos animais.

O secretário de Meio Ambiente, Maxwell Vaz, que acompanhou o processo de devolução do jacaré até a beira do rio, informou que o município tem interesse e está buscando um local apropriado para acolher e tratar dos animais silvestres e marinhos que são entregues para o setor de Fauna. Ele alertou para a conservação da natureza, conclamando a todos para a proteção da mata ciliar.

- Temos que proteger a mata ciliar localizada nas margens dos rios para não causar desequilíbrio ecológico e consequente a extinção da nossa fauna – advertiu.

Conheça mais sobre o jacaré-de-papo-amarelo – Seu habitat natural são os brejos, banhados, lagoas costeiras, pântanos, manguezais e rios. Seus hábitos alimentares são de insetos, moluscos, crustáceos e, principalmente, de peixes, aves e pequenos mamíferos que captura com seu bote, dentro d`água. Para sua reprodução faz ninho de pedras, terra e, principalmente, matéria vegetal. Coloca de 20 a 40 ovos que cobre com o material do ninho. A incubação é natural: A matéria vegetal fermenta, gerando calor e na época da eclosão dos ovos, os filhotes emitem sons, ainda dentro dos ovos, atraindo a mãe que abre o topo do ninho para libertar os jacarezinhos. Nessa ocasião, se estão longe da água, a mãe transporta os filhinhos dentro da boca. Não ataca o homem, mas defende o ninho com ferocidade. De todos os jacarés brasileiros é o que tem a cabeça mais larga e achatada.