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Jacaré é encontrado em rua no Novo Horizonte

10/05/2013 15:31:00 - Jornalista: Elis Regina Nuffer

Foto: Guga Malheiros

Jacaré foi solto em um mangue na região serrana

Um “hóspede” nada convencional de se encontrar no dia a dia das cidades apareceu no Novo Horizonte na manhã desta sexta-feira (10): um jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris). Filhote ainda, o réptil estava “passeando” numa rua do bairro quando foi encontrado por bombeiros militares que passavam numa viatura na hora, o capturaram e o levaram para a base da Guarda Ambiental, no Horto.

Após avaliação de um biólogo da secretaria de Ambiente (Sema), que constatou que o jacaré estava saudável, ele foi solto em um mangue na região serrana, cujo nome do distrito não será divulgado para evitar a caça predatória desse tipo de animal. Os guardas ambientais informaram que em Macaé só existe jacaré-de-papo-amarelo, que está na lista de animais em extinção do Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis e do Meio Ambiente (Ibama).

Os principais motivos que têm levado animais silvestres a irem para o asfalto são o avanço da construção civil, o desmatamento e a caça ilegal, que também contribuem para a matança da fauna brasileira. Répteis contemporâneos dos dinossauros que habitaram a Terra há milhões de anos, os jacarés sofrem mais com a poluição de rios e lagoas. No Rio de Janeiro, eles vêm aos poucos desaparecendo devido à drenagem de pântanos, aterro de alagados e derrubada de matas de restinga.

O jacaré-de-papo-amarelo normalmente tem cor esverdeada, é quase pardo, e pode medir em média até três metros de comprimento. É conhecido por este nome porque fica com o papo e o ventre amarelados na fase do acasalamento. Tem hábitos noturnos e durante o dia gosta de tomar sol. Pode viver até 50 anos e coloca cerca de 30 ovos por ninhada. No ambiente, os jacarés são importantes para o controle biológico de outras espécies de animais.

Siriema – A siriema atropelada por um carro de passeio na manhã de quarta-feira (8), na Rodovia do Petróleo (RJ-168), continua sendo tratada na base da Guarda Ambiental, mas ainda corre risco de morrer. Mesmo com os medicamentos, ela sente fortes dores e está muito quieta, com as duas pernas e uma asa quebradas.

Quem tiver denúncias envolvendo animais ou outros crimes contra o ambiente pode entrar em contato com a Guarda Ambiental pelo telefone (22) 9701.9770.