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Jovens de áreas pacificadas receberão cursos profissionalizantes gratuitos

02/04/2013 15:29:00 - Jornalista: Elis Regina Nuffer

Foto: João Barreto

Cursos que exigem formação acadêmica serão realizados por professores das próprias escolas

Jovens a partir de 16 anos de idade que vivem em situação de vulnerabilidade social nas comunidades pacificadas de Nova Holanda, Nova Esperança, Malvinas e Botafogo, em Macaé, sairão das salas de aulas direto para o mercado formal de trabalho. As primeiras turmas dos cursos profissionalizantes gratuitos que serão oferecidos pela prefeitura começam a virar realidade e vão contemplar também profissionais liberais, moradores dessas áreas, que terão a oportunidade de serem instrutores nos cursos de formação técnica, aumentando assim a renda familiar.

Equipes das secretarias de Ordem Pública, Educação e do Centro de Educação Tecnológica e Profissional (Cetep) visitaram, nesta terça-feira (2), o Ciep Municipalizado Professor Darcy Ribeiro, na Nova Holanda, e o Colégio Municipal Botafogo, onde os cursos serão ministrados. Aqueles que exigem formação acadêmica serão realizados por professores das próprias escolas, já que conhecem os alunos e o cotidiano da comunidade.

As inscrições serão feitas nas próprias escolas e os cursos terão duração de dois meses e meio, cada, com carga horária total de 160 horas, com aulas teóricas de segunda a sexta-feira, das 18h às 21h30, e aos sábados, das 8h às 17h, com aulas práticas nas empresas. Os cursos serão de informática e inglês para jovens a partir de 18 anos, sendo que haverá também para soldador, no Ciep, e para montador de andaimes, no Colégio Botafogo, para quem tem entre 16 e 18 anos. Após a conclusão dos cursos, os jovens serão encaminhados para trabalharem nas empresas parceiras do município, por meio da Secretaria de Trabalho e Renda (Semtre).

A próxima etapa para o início dos cursos envolve reuniões com lideranças comunitárias, religiosas e agentes públicos que atuam dentro das comunidades para que apontem quais são os jovens que vivem em situação de risco pessoal e social que querem mudar de vida pelo estudo e pelo trabalho e quais são os profissionais disponíveis para serem instrutores.

Os cursos serão oferecidos nas comunidades pacificadas porque o processo de pacificação vai além de garantir somente segurança e é, principalmente, uma questão de qualidade de vida. O projeto é da prefeitura, mas o objetivo é envolver toda a sociedade com as escolas de onde saem cidadãos formados para o mercado de trabalho.


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