O processo de pacificação nas comunidades carentes em Macaé vai além de garantir segurança nas áreas de vulnerabilidade social e é, principalmente, uma questão de qualidade de vida assegurada pela prefeitura para que todas as pessoas tenham garantidos seus direitos de cidadania. Deste modo, jovens moradores nas áreas pacificadas vão passar a compor uma nova realidade dentro da área em que vivem e no mapa das relações de trabalho no município, pois receberão gratuitamente do governo municipal cursos de capacitação profissional e encaminhamento para o mercado formal com renda revertida para o seu sustento e da própria família.
Para garantir essa estrutura, serão montadas oficinas de estudos dentro das próprias comunidades pacificadas, primeiro no Ciep Nova Holanda e no Colégio do Novo Botafogo. Os cursos de qualificação serão oferecidos pelo Centro de Educação Tecnológica e Profissional (Cetep).
Na próxima terça-feira (2), uma comissão das secretarias de Ordem Pública e Educação visitarão essas duas escolas, às 10h, para conhecerem os locais onde serão realizados os cursos.
No segundo momento desse projeto serão realizadas reuniões com lideranças comunitárias, religiosas e agentes públicos que atuam dentro das comunidades pacificadas para que apontem quais são os jovens que vivem em situação de risco pessoal e social e como podem ser incluídos no mercado de trabalho.
O projeto é da prefeitura, mas o objetivo é envolver toda a sociedade no processo de pacificação, pois é por meio dessa aprendizagem coletiva que as medidas sociais, de educação e segurança acontecem nas comunidades carentes. As autoridades envolvidas no processo de pacificação acreditam que novas transformações podem ser geradas a partir das relações nas escolas e no trabalho.