Eles participam de cursos de qualificação, assistem palestras e ainda estão presentes em encontros que abordam assuntos como cultura, postura, sexualidade e atos de higiene. Agora, eles vão receber o passaporte que faltava para conquistar uma vaga no disputado mercado de trabalho. Nesta quinta-feira, às 14h, na Incubadora de Cooperativas, numa ação conjunta entre as secretarias de Trabalho e Renda (Semtre) e de Promoção Social (Sempros) e Ministério do Trabalho, serão emitidas carteiras de trabalho aos jovens do Programa Sem Fronteiras.
Na oportunidade, será proferida uma palestra sobre drogas pelo conselheiro do Grupo de Atenção Primária em Educação e Solidariedade (GAPS), William Oliveira. O Programa Sem Fronteiras é um dos projetos da prefeitura, realizado através da Semtre, que atende a jovens de 16 a 24 anos. Esta é a faixa etária, segundo o pesquisa do Dieese, onde está concentrado o maior número de desempregados brasileiros. "Estamos conseguindo, através do Sem Fronteiras, encaixar jovens desta faixa etária no mercado de trabalho", explicou Claudio Bogado.
O Programa tem como foco principal colocar jovens que estão em situação de vulnerabilidade social e com renda familiar inferior a três salários no mercado de trabalho, gerando assim o aumento da renda familiar. “Queremos reduzir a alta taxa de desemprego nessa faixa etária”, diz Claudio Bogado, secretário de Trabalho e Renda.
Segundo o secretário, o desemprego nessa faixa etária é originário do despreparo profissional e da falta de experiência. O Programa Sem Fronteiras tem procurado reverter esse quadro, oferecendo a esses jovens cursos de qualificação. A viabilização desses cursos tem sido feita através de parcerias como a aconteceu com o Instituto Macaé de Metrologia e Tecnologia (IMMT), onde jovens do Sem Fronteiras fizeram um curso de medição dimensional.
A informática também já faz parte do universo desses jovens. Desde julho, eles estão tendo aulas, graças a um convênio entre a prefeitura, Ong Viva Rio e a empresa Serviços Marítimos Continental. A parceria entre a iniciativa privada e o poder público tem dado aos alunos a oportunidade de fazer novos cursos em áreas afins. Ganha o aluno com mais, agregando mais valor ao seu currículo e o empresariado que ao patrocinar o programa tem redução do FGTS.
A coordenação do Sem Fronteiras junto com o secretário Cláudio Bogado está em negociação para firmar parcerias para poder oferecer também cursos e inglês e de leitura a esses jovens. O curso de leitura visa resgatar o déficit que os alunos têm na escrita e na leitura.