Foto: Ana Chaffin
Esane opera 12 sistemas de abastecimento de água na região
Para monitorar a água que chega às casas e pontos comerciais, a serra macaense conta com um grande apoio, a de um laboratório montado pela prefeitura, por meio da Empresa Pública Municipal de Saneamento (Esane), que funciona na base da Esane, próxima à Estrada E-9, no Novo Horizonte.
O laboratório é um grande aliado da Esane no saneamento básico da serra. A Empresa opera 12 sistemas de abastecimento de água na região. Dentre eles, duas são as estações completas de tratamento, a ETA de Córrego do Ouro e a ETA de Trapiche, servindo cerca de dez mil pessoas.
Nas demais localidades, onde não há estações, o monitoramento é feito de duas a três vezes por semana, quando um veículo da Esane leva aos locais de captação e a vários pontos de distribuição técnicos da empresa, que recolhem amostras da água, conduzidas ao laboratório para análise.
O monitoramento da água leva conforto à população e é uma ação de saúde pública, já que a água tratada diminui risco de doença de veiculação hídrica. O funcionamento é importante para acompanhar os padrões de potabilidade e verificar se estão de acordo com os padrões de qualidade, atendendo à Portaria do Ministério da Saúde 2914/214, que preconiza que toda água destinada a consumo humano, distribuída coletivamente por meio de sistema de abastecimento de água, deve ser objeto de controle e vigilância da qualidade.
O monitoramento na região serrana é dividido em cinco etapas: coleta de água nas saídas dos sistemas e nas redes de distribuição; processamento das amostras; leitura dos resultados; análise dos resultados e orientações pertinentes à operação, se necessário. Os parâmetros realizados são físico-químico (cor, turbidez, pH e cloro); bacteriológicos (colimetria e bactérias heterotróficas) e ainda análises também do alumínio, dureza, coreto e alcalinidade.
A bióloga Patrícia Toleto, do Laboratório da Esane, informa que, posteriormente às análises, os dados são compilados, originando os relatórios mensais de cada localidade, enviados aos órgãos de Vigilância e Saúde do Estado do Rio de Janeiro (Vigiágua), secretaria de Saúde e para os mecanismos de controle social, como a Sanapa e o Commads.
São coletadas e processadas por volta de 220 amostras/mês nos sistemas de abastecimento de água da serra, mas se qualquer ponto da rede de distribuição apresentar presença de bactérias do grupo Coliformes Totais, é feita a recoleta no ponto problemático, sendo um ponto à montante e outro à jusante, para que a causa seja investigada e o problema solucionado.