São retiradas uma média de 35 caminhões de materiais da Lagoa de Imboassica por dia
As Secretarias de Limpeza Pública e Ambiente, juntamente com a Empresa Pública de Saneamento (Esane) estão realizando uma força-tarefa para recuperar a Lagoa de Imboassica. Uma das primeiras ações está sendo feita pela Secretaria de Limpeza Pública, que iniciou neste mês um intenso trabalho de retirada de materiais da lagoa prejudiciais à sua sobrevivência, como lixos e o excesso de plantas aquáticas como taboas e gigogas.
Cerca de 10 homens trabalham diariamente na limpeza do local, com o auxílio de três caminhões e de duas máquinas, uma retroescavadeira e uma draga-esteira. Segundo o responsável pela equipe de limpeza, Robson da Silva Henrique, são retiradas uma média de 35 caminhões de materiais da Lagoa de Imboassica por dia. O lixo é destinado para o aterro sanitário, e o excesso de taboas e gigogas recolhidas são reutilizadas como adubo em locais de plantação.
O excesso de taboas e gigogas também afeta a saúde do ecossistema, pois impede a entrada de luz solar no espelho d’água, diminuindo a quantidade de oxigênio na lagoa e provocando o desaparecimento de peixes e demais espécies aquáticas.
Outra ação que vem sendo realizada é a pavimentação do entorno da lagoa que, além de contribuir com o aspecto paisagístico do local, é fundamental para evitar que os sedimentos do solo exposto sejam jogados para dentro da lagoa, evitando o seu assoreamento. “O trabalho também foi uma solicitação da própria população, visto que a sujeira da lagoa começava a atrair grande quantidade de mosquitos e roedores para as residências próximas ao local”, disse o secretário de Limpeza Pública, Célio Chapeta.
O secretário também destacou o trabalho de revitalização da beleza cênica do local, onde estão previstas intervenções, a médio e longo prazo, no paisagismo do cais e a reforma de quiosques. “Neste contexto, o trabalho da Secretaria de Limpeza é fundamental para a retirada de gigogas, taboas e juncos, para evitar a proliferação de animais nocivos, como roedores e mosquitos.
Isso também evita o acúmulo de matéria orgânica que cresce em grande velocidade, além de impedir o processo de infiltração e acúmulo de água ou resíduos na terra, elevando o solo”, ressaltou o secretário de Ambiente, Guilherme Sardenberg.
O tratamento do esgoto da lagoa vem sendo realizado desde a inauguração da Estação de Tratamento (ETE) Mutum, em março deste ano, e é resultado da parceria entre a Empresa Pública de Saneamento (Esane) e a empresa Foz.
O presidente da Esane, Marcos Muffareg, também destaca a importância do tratamento de esgoto aliado ao serviço de limpeza da lagoa. “Nossa intenção é tratar de forma adequada 80% do esgoto que é lançado na Lagoa de Imboassica até o início de 2014, alcançando sua totalidade até o final do próximo ano”, comentou.
Para a moradora Rita Martins, que mora no bairro há 12 anos, a iniciativa veio a contribuir com o aspecto paisagístico do local, que há muito tempo não passava por uma limpeza como essa: “Temos que cuidar desse importante patrimônio, pois na minha opinião é o local mais bonito de Macaé e deve ser recuperado o quanto antes”, observou.