Continuam as obras da primeira etapa do Projeto Lagomar, efetuadas pela prefeitura de Macaé, através da secretaria municipal de Obras. O bairro hoje já está diferente, com pavimentação, redes de drenagem e de esgoto. O município está investindo R$ 29 milhões nesta primeira etapa.
Já está concluída a pavimentação de três ruas - W1, W2 e W3. Já receberam a camada asfática as ruas W12 e W13. Paralelamente à pavimentação, continua a instalação das redes de drenagem e de esgoto em várias ruas, como W5, W16, W18, W14 , W7 e em duas transversais W7-2 e W7-3. As avenidas receberão meio-fios e calçadas. As calçadas já existentes estão sendo limpas, consertadas e niveladas.
Nesta primeira etapa da obra estão previstas obras de infra-estrutura do bairro, com instalação das redes de esgoto e de drenagem de águas pluviais e pavimentação das ruas. Segundo informa o secretário de Obras, Tadeu Campos, algumas avenidas receberão pavimentação asfáltica e outras paralelepípedos, para ajudar na drenagem do bairro.
- O Lagomar é um grande bairro, ocupando área de 323 hectares (3.239.000 metros quadrados). São 54 quilômetros de ruas para colocar as tubulações de esgotamento sanitário e drenagem, que são separadas, além da pavimentação – disse Ricardo Louzada, um dos engenheiros responsável pelo acompanhamento das obras do Lagomar.
Barro, lama e poeira já começam a fazer parte do passado
Hoje, quem entra no Lagomar já nota a diferença que o Projeto vem implementando no bairro, onde residem cerca de 30 mil pessoas. A avenida de entrada do bairro, que margeia a Rodovia Amaral Peixoto, já conta com as redes de drenagem e esgoto e já está pavimentada. Andando pelas ruas, as mudanças se acentuam, pois muitas já deixaram para trás o pesadelo do barro e lama, nos dias de chuva, ou poeira, no dias de sol.
- São obras da administração do prefeito Riverton Mussi visando a melhoria de qualidade de vida da população. O bairro está recebendo toda a infra-estrutura e, numa segunda etapa, outros benefícios chegarão aqui, – disse o secretário Tadeu Campos, ressaltando a valorização de toda a área.
Cedae ainda não atendeu solicitações para instalar rede de água junto com as obras da prefeitura
Tadeu Campos disse também que a Cedae ainda não atendeu à solicitação da prefeitura de que aproveitasse as ruas já abertas para obras de instalação das redes de esgotamento sanitário, antes da pavimentação, para instalar a rede de água.
– Depois, as ruas já pavimentadas terão que ser reabertas para as tubulações da Cedae. Além de causar novos transtornos para os moradores, é um gasto desnecessário – disse o secretário Tadeu. Segundo o assessor da prefeitura, Wagner Figueiró, em algumas ruas já existe a tubulação da Cedae, mas falta a ligação dos troncos à rede de água já existente nos bairros próximos. A falta de água é um dos sérios problemas do Lagomar.
Uma equipe da Semob está instalando as redes de drenagem e de esgoto no final da W1 com a W18. O trabalho está dificultado, pois na W18 há uma residência com uma varanda “invadindo” a rua. O engenheiro de campo, Fernando Cordeiro, disse que esse ato é comum em várias partes do bairro, com construções e muros que não respeitam ao espaço das ruas, o que dificulta o trabalho.
Os engenheiros Fernando Cordeiro e Ricardo Louzada ressaltaram o cuidado com que as obras do Lagomar vêm sendo efetuadas, para evitar o “retrabalho”, isto é, ter que refazer o serviço em pouco tempo. Nas instalações das redes de drenagem e pavimentação, de 40 a 40 metros, são colocados os postos de visita, com três metros e meio de profundidade cada, para permitir a limpeza e escoamento das redes. A cada manilha colocada, é feita, por topógrafo, a medição de nível, pois o bairro tem cota de nível muito baixa, já que é situado em área plana.
Um grande bairro, com pequena área de floresta e importantes corpos d’água
O bairro Lagomar está situado no SA 6, margeado pela Rodovia Amaral Peixoto, que o separa do bairro Engenho da Praia. Tem como limite, do outro lado, o Oceano Atlântico. Em suas terras está situada a área de amortecimento do Parque Nacional de Restinga de Jurubatiba, que tem que ser preservada e onde as construções estão proibidas.
O bairro conta com várias avenidas e muitas travessas. Entre as muitas avenidas, destaca-se a Avenida Quissamã, que corta o Lagomar desde as proximidades do Terminal Rodoviário até a área de amortecimento do Parque Nacional de Restinga de Jurubatiba, próxima à orla marítima. Esta rodovia vai ganhar um canteiro central de 21 metros e duas pistas, com dez metros cada.
A prefeitura de Macaé vai preservar duas áreas na W18 com pequenas florestas, para melhor qualidade de vida da população. São áreas remanescente de Mata Atlântica, importantes para o Lagomar. O bairro é plano e conta com duas lagoas, a Lagoa dos Patos e o Baixio das Rãs.
Corpos d’água ameaçados por especulação e aterros
Além do Baixio das Rãs e Lagoa dos Patos, havia um outro corpo d’água, o Parque das Àrvores, que não existe mais, pois sua área foi toda aterrada. Os corpos de água ainda existentes são importantes para a drenagem do Lagomar, mas algumas áreas já estão tomadas por aterro. A prefeitura, através da Semob e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, vai coibir os aterros dessas lagoas.
- Parte da drenagem do Lagomar será feita no Canal Macaé/Campos, que não tem condições de servir de ponto de drenagem para todo o bairro. Para isso, a prefeitura vai usar as lagoas, que precisam ser preservadas, para garantir a qualidade de vida dos moradores – disse o secretário Tadeu Campos.
O Baixio das Rãs é um corpo d’água bem grande e com sangria para o mar. Começando nas proximidades da Rodovia Amaral Peixoto, já recebe a drenagem do Engenho da Praia.
- Ali, onde ele começa, os aterros já se fazem notar e terão que ser retirados. O Baixio é uma lagoa que é o pulmão de drenagem de grande parte do bairro. O objetivo da prefeitura é cercar, limpar e urbanizar a orla desta lagoa, visando transformá-la numa área de lazer e não deixar que continue a fazer parte da especulação, que aterra esse importante manancial do município – concluiu Tadeu Campos.