As cerca de 150 pessoas que foram ao Solar dos Mellos, na noite de quinta-feira (20), para a solenidade de lançamento do livro “Câncer de Mama: Rede de Amor e Afeto”, escrito pela vereadora Marilena Garcia, assistiram a um verdadeiro show de idealismo, humanidade e cidadania.
Idealismo porque a escritora deu o pontapé inicial à Ong União Nacional de Combate ao Câncer de Mama (Unamama), presente em várias capitais brasileiras, e agora também em Macaé. Humanidade, porque vai apoiar as mulheres que possuem a doença, formando um grupo de ajuda mútua. E cidadania, porque as portadoras da doença poderão lutar por seus direitos, como a aposentadoria.
O câncer de mama é o tipo de ocorrência que mais mata mulheres no Brasil. “Só em 2007, cerca de dez mil mulheres deverão morrer deste mal no país”, comenta. Sobre o conteúdo do livro, autora conta que é subdividido em quatro partes: o impacto com a notícia, a luta pela sobrevivência, a reintegração na vida profissional e as ações desenvolvidas por meio de seminários em todo o país. A renda obtida com a venda do livro será doada a Unamama-Macaé.
– Há 17 anos quando fiz a cirurgia tinha muito medo da morte. Buscava livros que pudessem me orientar sobre o assunto, mas não os encontrava. Descobri que é possível ultrapassar as barreiras, por mais difícil que seja. Nada na vida vale mais que o amor e o afeto. Sempre devemos prosseguir, jamais deixar de lutar pela vida – disse emocionada a parlamentar.
Segundo a diretora da Unamama-Macaé, Vilma Martins, a entidade não tem fins lucrativos ou religiosos, sendo voltada apenas para o ser humano, com o objetivo de promover a prevenção. “Assim como todas as pessoas que compõem a diretoria, também sofri deste mal”, conta a secretária da entidade, Josilene Peruzzi, acrescentando que a diretoria é composta por 10 membros.
Da mesma forma que os Alcoólicos Anônimos (AA) e os Neuróticos Anônimos (NA) propiciam apoio mútuo, apoiados na compreensão uns com os outros, por compartilhar o mesmo sofrimento, a Unamama-Macaé também vai atuar através do diálogo e troca de experiências entre suas participantes. Além disso, buscará a humanização e apoio familiar. “O apoio da família é fundamental durante todo esse processo, para evitar que a pessoa acometida pela doença se sinta excluída”, conclui Josilene Peruzzi.
A Unamama funcionará na Rua Governador Roberto Silveira, na sede do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher. No local, serão desenvolvidos trabalhos como diagnóstico precoce da doença, uma vez que a patologia tem prevenção. Além disso, haverá atendimento psicossocial às pacientes. Seu site é www.unamamamacae.org.br.