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Lançamento de obras sobre história de Macaé emociona público no Solar dos Mellos

19/07/2013 20:53:00 - Jornalista: Fernanda Guerra

Foto: Flávio Sardou

O prefeito Dr. Aluízio participou do evento

A poesia revelada por imagens históricas, pelos relatos de macaenses nascidos na cidade e os de coração, e pelo encontro da população com a sua história, deu o tom do lançamento dos livros “Imagens do Século” e “Relatos e Personagens da História de Macaé” no Solar dos Mellos na noite dessa quinta-feira (18).

Marcado pela emoção dos que encontraram nas obras traços de suas vidas e de seus familiares, o evento, que integra as comemorações da Prefeitura pelos 200 anos da criação da Vila de Macaé, lotou o pátio do Solar e contou com a presença do Prefeito Dr. Aluízio, do Vice Prefeito Danilo Funke, de representantes das Secretarias Municipais e de macaenses que ajudaram a recontar a história da cidade por meio de seus relatos, de seus acervos fotográficos e ilustrações.

“Fiquei encantado com esse trabalho, que mostra tanta beleza de nossa cidade. Macaé é uma cidade encantadora, que cresce a passos largos, se modifica e que se propõe a ser uma cidade madura, com uma economia pujante, uma população maravilhosa, com histórias para se contar. A grande vitória de Macaé, como dito no hino da cidade, é ser capaz de renascer a cada dia”, frisou Dr. Aluízio.

Organizado pela Vice Presidencia Municipal de Acervo e Patrimônio Histórico, o evento prestou uma homenagem aos fotógrafos profissionais e amadores e às famílias que disponibilizaram suas coleções particulares de imagens que ajudaram a compor o livro “Imagens do Século”, que reúne imagens raras e de beleza poética desde 29 de julho de 1913, quando Macaé completou um século de criação da vila, até os dias de hoje.

Terceira geração de fotógrafos de sua família, o fotógrafo Varley Teixeira se emocionou ao ver no livro imagens de décadas passadas registradas por seu pai, Wolney Teixeira, que morou em Macaé.

“É uma honra saber que dentro desse livro, que cuida da memória da cidade e de nossa gente, há fotografias do meu pai, que registrou com tanto carinho a história de pessoas e do município. Registros como esses são de uma importância capital, pois o povo que não conhece e que não valoriza seu passado, não consegue planejar bem o futuro”, enfatizou.

O jornalista macaense Carlos Marchi, que escreveu o texto de abertura da obra “Imagens do Século” e é autor do livro Fera de Macabu, sobre Motta Coqueiro, um dos personagens mais emblemáticos da história de Macaé, destacou a valorização da memória da cidade para a identidade de seus moradores.

“Fiquei surpreendido com a maneira como Macaé está começando a procurar entender o seu passado, o que ajuda a compreender o desenvolvimento e a vocação da cidade. O cuidado com o estudo da história e do passado é uma maneira de interpretar a cidade modernamente e de criar uma identidade e referências para pessoas que nasceram, que chegaram e que vivem no município.”

Dentro da proposta de levar a história macaense para o cotidiano da cidade, o Solar dos Mellos inaugurou ainda uma instalação aberta ao público que leva ao pátio reproduções das ilustrações e trechos de depoimentos da obra “Relatos e Personagens da História de Macaé”. O livro, ilustrado pelo artista plástico Marcelo Vitiello, reúne fragmentos de documentos manuscritos e textos impressos de cronistas do século 16 ao século 20 para apresentar vários traços da vida, demografia, geografia, economia, cultura da sociedade macaense em diferentes tempos históricos.

Além de conferir a instalação no espaço externo do museu, quem for ao Solar poderá conhecer outras ilustrações de Vitiello em uma exposição no interior do museu e que ficará aberta à visitação até outubro.

Para a Vice Presidente de Acervo e Patrimônio Histórico do município, Gisele Muniz, o lançamento de obras que resgatam a história macaense no Solar dos Mellos, espaço que guarda e apresenta a memória macaense aos moradores da cidade fortalece a própria história do município.

“O Solar dos Mellos celebra com esse evento um momento em que Macaé pode se encontrar em espaços públicos para discutir boas novas, boas ideias, boas histórias. Quando se folhear os livros, cada um vai encontrar um pouco de sua própria história e se identificar com a água gelada, lembrar da praça, do pistorama, partilhando uma história comum, coletiva, que pertence a todos nós.”


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