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Letramento Racial para Todos encerra a programação do mês da Consciência Negra

26/11/2025 08:46:00 - Jornalista: Joice Trindade

Foto: Rui Porto Filho

Participantes tiveram acesso a conteúdos que destacam a história, identificação e compreensão do fenômeno do racismo na sociedade

O “Novembro Negro", mês de referência para atividades de resistência e de luta do combate ao racismo e desigualdade, está sendo encerrado em Macaé com ações voltadas para o Letramento Racial. Nesta quarta-feira (26) o curso será ministrado para servidores no Centro de Referência e Assistência Social (Cras) do Miramar. O projeto se estende na sexta-feira (28) com conotação especial na ONG PosCris, localizada nas Malvinas, a partir das 14h. Além do Letramento Racial, a programação contará com contação de histórias, pintura e atividades lúdicas na área kids. O encontro , faz parte do projeto “Além da Pele”, que destaca temas ligados à cultura, arte, música, esporte, comunicação e representatividade, como forma de conscientização em prol do reconhecimento e combate ao racismo.

Nesta terça-feira (25) foi promovido o “Letramento Racial para Todos” no Paço Municipal da Prefeitura para servidores públicos e comunidade. A programação ministrada pela secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Ingrid Aprígio, foi marcada por reflexões, troca de informações e vivências e exibição de vídeos que emocionaram com canções de Elza Soares e Jorge Aragão.

Na ocasião os participantes tiveram acesso a conteúdos que destacam a história, identificação e compreensão do fenômeno do racismo na sociedade, ancestralidade, legislação, racismo institucional e interpessoal, ferramentas e diretrizes da Secretaria de de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e importância do projeto antirracista. O objetivo segundo a secretária da pasta, Ingrid Aprígio é “atuar de maneira comprometida com a eliminação e com o combate da discriminação racial com destaque para atender cada vez mais um público diverso levando mais conhecimentos sobre equidade e igualdade” .

A proposta do curso é conscientizar o participante da estrutura e do financiamento do racismo na sociedade e torná-lo apto a reconhecer, criticar, combater atitudes racistas e ser multiplicador do que foi apresentado no curso.

O curso foi aprovado pelos integrantes. Entre eles estava o casal Fernanda Bastos e Pedro Pereira.


“Temos que trazer este debate à tona em todo momento e procurar nos informar mesmo. Somos a resistência. Temos que desconstruir a narrativa “até quando” e levar o som dos atabaques para espaços públicos”, comentou o servidor.



Já a educadora Fernanda pontuou que o combate ao racismo deve ser tratado o tempo todo.


“Tenho alunos do segundo ano de escolaridade e levo essa questão, que não deve ser debatida apenas no mês de novembro, mas no decorrer de todo ano letivo”, salientou.



Da mesma opinião são as assistentes sociais Juliana Lima e Aryana Santana.


“Muito bom estar aqui. Este tema é muito pertinente, pois a história foi repassada de forma equivocada, e é muito importante sabermos cada vez mais para adotarmos e replicar os conhecimentos e posturas”, disse Aryana.


Embasamento legal - Vale destacar que, em Macaé, a capacitação em Letramento Racial e Políticas Afirmativas de Promoção da Igualdade Racial está prevista na Lei Ordinária nº 5.269/2024. Sancionada em 29 de outubro de 2024 pelo prefeito Welberth Rezende, a legislação tem como finalidade promover o conhecimento sobre a história e cultura afro-brasileira, além de incentivar a prevenção do racismo no âmbito da gestão pública.. De acordo com a Secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial,Ingrid Aprígio,o Letramento Racial é ferramenta fundamental para ampliar a compreensão sobre equidade, direitos humanos, relações étnico-raciais e enfrentamento ao racismo estrutural.


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