
Foto: Rui Porto Filho
Participantes tiveram acesso a conteúdos que destacam a história, identificação e compreensão do fenômeno do racismo na sociedade
O “Novembro Negro", mês de referência para atividades de resistência e de luta do combate ao racismo e desigualdade, está sendo encerrado em Macaé com ações voltadas para o Letramento Racial. Nesta quarta-feira (26) o curso será ministrado para servidores no Centro de Referência e Assistência Social (Cras) do Miramar. O projeto se estende na sexta-feira (28) com conotação especial na ONG PosCris, localizada nas Malvinas, a partir das 14h. Além do Letramento Racial, a programação contará com contação de histórias, pintura e atividades lúdicas na área kids. O encontro , faz parte do projeto “Além da Pele”, que destaca temas ligados à cultura, arte, música, esporte, comunicação e representatividade, como forma de conscientização em prol do reconhecimento e combate ao racismo.
Nesta terça-feira (25) foi promovido o “Letramento Racial para Todos” no Paço Municipal da Prefeitura para servidores públicos e comunidade. A programação ministrada pela secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Ingrid Aprígio, foi marcada por reflexões, troca de informações e vivências e exibição de vídeos que emocionaram com canções de Elza Soares e Jorge Aragão.
Na ocasião os participantes tiveram acesso a conteúdos que destacam a história, identificação e compreensão do fenômeno do racismo na sociedade, ancestralidade, legislação, racismo institucional e interpessoal, ferramentas e diretrizes da Secretaria de de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e importância do projeto antirracista. O objetivo segundo a secretária da pasta, Ingrid Aprígio é “atuar de maneira comprometida com a eliminação e com o combate da discriminação racial com destaque para atender cada vez mais um público diverso levando mais conhecimentos sobre equidade e igualdade” .
A proposta do curso é conscientizar o participante da estrutura e do financiamento do racismo na sociedade e torná-lo apto a reconhecer, criticar, combater atitudes racistas e ser multiplicador do que foi apresentado no curso.
O curso foi aprovado pelos integrantes. Entre eles estava o casal Fernanda Bastos e Pedro Pereira.
“Temos que trazer este debate à tona em todo momento e procurar nos informar mesmo. Somos a resistência. Temos que desconstruir a narrativa “até quando” e levar o som dos atabaques para espaços públicos”, comentou o servidor.
“Tenho alunos do segundo ano de escolaridade e levo essa questão, que não deve ser debatida apenas no mês de novembro, mas no decorrer de todo ano letivo”, salientou.
“Muito bom estar aqui. Este tema é muito pertinente, pois a história foi repassada de forma equivocada, e é muito importante sabermos cada vez mais para adotarmos e replicar os conhecimentos e posturas”, disse Aryana.