Estão adiantadas as obras em uma das pistas da Linha Verde, uma das principais vias do município que faz parte do arco viário. Pelos problemas que a via apresentava no seu leito, a prefeitura de Macaé e a secretaria Executiva de Obras (Semob) reconstroem a via, desde 26 de junho, quando foi interditada uma das pistas entre os trevos da Cidade Universitária e da Aroeira, liberando o tráfego em mão dupla no outro lado da pista.
As intervenções fazem parte do pacote de obras de revitalização da Linha Verde que, juntamente com a Rodovia Lacerda Agostinho (Linha Azul), Linha Vermelha e outras, interliga várias áreas da cidade. As obras têm orçamento de R$ 29 milhões, e no pacote estão incluídas a abertura da estrada do Tatu e a pavimentação da antiga Avenida Cancela Preta e de outras ruas e avenidas localizadas nas proximidades dessa avenida.
Quando as intervenções foram iniciadas com base em análises e sondagens do solo, a prefeitura concluiu que a via teria que ser refeita. Não era aproveitável o material por baixo da pavimentação asfáltica, que causava problemas na pista, como afundamento e alagamento em várias áreas.
- Se a base e a sub-base da via eram de má qualidade, decidimos retirar toda pavimentação asfáltica antiga e reconstruir a Linha Verde – diz o secretário Executivo de Obras, Tadeu Campos.
Tadeu Campos ressalta que a Linha Verde não tinha sistema de drenagem adequado para escoar as águas pluviais e isso afundava a pista, com o solo amolecendo e o asfalto cedendo, causando poças d’água em vários pontos. Por isso, restou à prefeitura refazer o trabalho, tratar o sub-leito, o leito, a sub-base e base, colocar manilhas de 40 milímetros para escoar as águas pluviais em alguns trechos, compactar e colocar brita corrida antes do asfaltamento.
Visitando o local no início de julho, o secretário Especial de Infra-estrutura Urbana, Adrian Mussi, disse que estudos constataram que a pavimentação da Linha Verde estava ruim, e isso levou à retirada do asfalto antigo e colocação de nova pavimentação, com correção na rede de drenagem e no caimento da via.
- A prefeitura investe na Linha Verde, importante via do arco viário, para que tenha condições de escoar o tráfego de várias partes do município em direção à Cidade Universitária e à região onde há muitas empresas offshores e cidades da Região dos Lagos – disse Adrian Mussi.
Tadeu Campos explica que drenagem superficial fazia a via alagar em vários locais. Explica ainda que o asfalto antigo tinha, no máximo, cinco centímetros de espessura, enquanto que o ideal para uma pista com tráfego intenso e por onde passam carretas pesadas em direção às empresas do Parque de Tubos, é que o asfalto tenha pelo menos oito centímetros.
A parte da pista interditada foi compactada, recebe solo brita, e ganhará nova pavimentação, meios-fios, recuperação das calçadas e ciclovia, redutores de velocidade, sinalização e revisão da iluminação. Assim que a pista for liberada para o tráfego, as intervenções começarão do outro lado.
A Linha Verde foi construída há, aproximadamente, dez anos, pelo governo do Estado. As obras começaram no governo de Marcello Alencar e concluídas no governo Garotinho. Parte fundamental do arco viário do município tem três ramais: um deles leva ao Novo Cavaleiros, outro ao Bairro da Glória e outro à Aroeira. É uma das mais importantes vias do município, integrando-se à RJ-168, que liga Macaé à BR-101. Também se integra aos Cavaleiros e localidades próximas e à Rodovia Amaral Peixoto, facilitando o acesso aos municípios da Região dos Lagos.
Antes de iniciar a revitalização da Linha Verde, a prefeitura realizou outras intervenções também incluídas no pacote de obras dessa via. No Bairro da Glória, complementou o asfalto na Avenida Ana Benedita, após obras de separação das redes de água pluvial e de esgoto. Obras de drenagem e pavimentação também foram realizadas na Avenida Projetada, que liga a Linha Verde até o Complexo Universitário, passando atrás da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Virgem Santa, cujos trabalhos serão retomados.