A Prefeitura de Macaé, através do Programa Macaé Cidadão, lança o seu segundo livro nesta quarta-feira (16), às 19h, no Centro Macaé de Cultura. O livro “Exclusão Social & Desenvolvimento Humano” é uma visão sociológica dos resultados da Primeira Pesquisa Domiciliar realizada em 2001/2003. A obra traça o perfil sócioeconômico do município, diagnosticando os problemas que afetam diretamente a sociedade.
De acordo com a coordenadora geral do Programa Macaé Cidadão, Amélia Augusta Guedes, a prefeitura avalia a informação como um instrumento de cidadania. A leitura dos dados tem um caráter sociólogo onde foi possível traçar a realidade de Macaé, explica.
- O livro constitui-se numa grande ferramenta para planejamento das políticas públicas voltadas ao desenvolvimento para todos - declara.
O livro, de autoria do sociólogo Ricardo César Rocha da Costa, apresenta uma análise estatística conceitual com abordagens sociológicas sobre a população macaense, em especial, o impacto do desenvolvimento sócioeconômico de Macaé na perspectiva do petróleo. O sociólogo do Macaé Cidadão explica que a metodologia inserida no livro foi a mesma usada pelo Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD), que calcula o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).
Segundo ele, através desta análise, foi possível traçar os índices nos diversos aspectos econômicos e sociais, destacando-se os segmentos da saúde, educação e renda. Ricardo César adianta que, dos dados analisados, foi constatado que a taxa de alfabetização em alguns bairros da cidade é de primeiro mundo.
- Por outro lado temos bairros com taxas baixas de alfabetização - afirma ele.
A obra é uma referência de leitura para quem deseja conhecer mais profundamente o município macaense. A análise sociológica do Macaé Cidadão tem alimentado diversos projetos da prefeitura, considerado um significativo avanço na luta anti-racismo no Brasil.
- A principal proposta deste trabalho não é somente denunciar e apontar as questões sérias e profundas a respeito da exclusão e marginalização da população, mas, sobretudo, fornecer subsídios à prefeitura, para reverter esta realidade e anunciar um novo tempo voltado à construção de uma sociedade mais justa, onde todos os munícipes possam desfrutar das riquezas econômicas de Macaé – conclui Amélia.
*Texto: Isis Maria