Foto: João Barreto e Bruno Campos
Szafir tem fomentado o gosto pela leitura no país através de trabalhos de incentivos educacionais
O II Festival de Literatura & Cultura de Macaé (FlicMac) foi aberto na manhã desta quarta-feira (23), levando ao público uma importante mensagem: por meio da leitura a Educação pode transformar o mundo e assim será durante três dias até sexta (25), quando devem visitar o evento 20 mil alunos e outros visitantes passando pelas 200 atividades em seis espaços simultâneos. A entrada é franca.
O secretário de Educação, Guto Garcia, abriu o festival ao lado do ator e modelo Luciano Szafir que tem fomentado o gosto pela leitura no país através de trabalhos de incentivos educacionais. O FlicMac encerra na sexta também em grande estilo com a presença da poetisa, jornalista, escritora e atriz Elisa Lucinda, às 13h, no Café Literário. Ela é autora de livros como “A Menina Transparente”, “A Dona da Festa”, “A Fúria da Beleza”, “A Poesia do Encontro”, entre outros. No festival, os visitantes poderão conversar com ela.
O público do FlicMac tem à sua disposição seis espaços com atrações simultâneas nos três dias do evento: palco, espaço livre, flicmaczinha, café literário, galpão literário e espaço da convivência. O tema central do festival é: “Mama África – a Literatura e a Arte como Forma de Vencer o Preconceito”.
“Excelente iniciativa da Secretaria de Educação de Macaé fazer este Festival porque a leitura é o único caminho proporcionado pela Educação para fazer das crianças seres humanos melhores”, disse Szafir. Ele ficou encantado e filmou até o fim a apresentação do grupo de teatro da Escola Municipalizada de Educação Infantil (Emei) Eléa Tatagiba de Azevedo, do Bairro Aroeira, que encenou a história de Branca de Neve e os Sete Anões.
Guto Garcia destacou a parceria da Secretaria de Educação com a Secretaria de Cultura na realização do festival, através do secretário Tales Coutinho. “Educação e Cultura caminham juntas e foi muito importante este apoio da Cultura para realizarmos este evento para vocês. Venham todos, participem, porque é uma grande oportunidade que o município está oferecendo”, destacou Guto.
O festival é realizado pela Prefeitura de Macaé, através da Coordenação de Cultura da Superintendência de Educação Integrada e reúne, além de escritores, músicos, contadores de história, palestrantes, dança, apresentação de Jongo, capoeira, exposição de projetos pedagógicos da rede pública municipal de ensino, lançamento de livros, bate-papo e autógrafos com autores. Há, ainda, exposição de fotografias e de desenhos e oficinas de turbantes. O I Festival foi realizado em novembro de 2017, na Praia de Imbetiba.
A Cidade Universitária está localizada à Rua Aloísio da Silva Gomes, 50, bairro Granja dos Cavaleiros.
Entrevista com Szafir: “A leitura forma cidadãos”
Com esta frase, “A leitura forma cidadãos”, o modelo Luciano Szafir abriu o II FlicMac. Ele passeou no meio do público do evento, posou para as fotos e reforçou o papel da Educação para o país e o mundo: “Ler é poder criar um mundo de imaginação, é se divertir, é poder crescer um ser humano melhor”.
Ele deu exemplo da importância da Educação na vida de todas as pessoas, especialmente, na formação das crianças, citando as escolas do Vale do Silício, um dos centros de transformação da sociedade do século 21, localizado nos Estados Unidos, que não usam computadores, e os pais dos alunos, que são executivos de grandes empresas, aprovam a iniciativa de os filhos aprenderem como na sua época: com muita leitura com papel, lápis e borracha, nada de computadores, celulares ou tablets. “A Educação muda realmente o mundo. Temos de criar o hábito da leitura de livros nos nossos filhos, só assim teremos pessoas melhores”, enfatizou o modelo.
Szafir falou que Sasha, sua filha com Xuxa, está bem encaminhada na vida e agora ele vive estimulando o gosto pela leitura nos seus dois filhos, de quatro e cinco anos, com a sua atual esposa, a cantora Luhanna Melloni. “Sempre gostei de ler, mas lia de dois a três livros por semana, agora leio muito mais, só que infantis, para os meus filhos. Eles precisam disso. Todos nós precisamos de ler. A leitura leva a outros mundos bem melhores”, enfatizou.
Ele contou que o seu livro de cabeceira é “Picos e Vales”, de Spencer Johnson, mesmo autor de “Quem Mexeu em Meu Queijo?”, “porque mostra a vida como é, a sua leitura nos prepara para os momentos positivos e negativos também a que todos estamos sujeitos”. Ao falar do livro “Quando os Sonhos se Tornam Realidade”, que publicou junto com a jornalista Rosana Beni, Szafir disse que não é escritor.
“Escritora foi a minha irmã que escrevia com os olhos. Ela piscava e escrevia coisas lindas que todos precisamos saber e ler” e se emocionou ao falar dela. A advogada e escritora Alexandra Szafir morreu em 2016 depois de lutar por 10 anos contra a Esclrerose Lateral Amiotrófica (ELA). Com ajuda de um software que permitia que controlasse o computador com o movimento dos olhos, Alexandra escreveu “DesCasos: uma Advogada às Voltas com o Direito dos Excluídos”, com 82 páginas, somente com o piscar dos olhos.
Confira a programação do II FlicMac