Foto: Maurício Porão
O dia 21 de março foi instituído como o Dia Internacional contra a Discriminação Racial.
‘Somos uma cidade antirracista’ este é o lema de Macaé para o dia 21 de março (quinta-feira), instituído como o Dia Internacional contra a Discriminação Racial e Dia Nacional das Tradições de Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé. Nesta data, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) lançará o ‘Termo de Cooperação Técnica Antirracista – um Pacto pelo Combate ao Racismo e para a Promoção da Equidade Racial’.
A partir da assinatura deste termo por todos os gestores de secretarias e órgãos municipais, será colocada em prática a governança integrada, abrangendo as áreas de educação, pesquisa, inovação e patrimônio. O documento é o compromisso para o enfrentamento do racismo de dentro para fora do setor público. Por meio dele, serão aplicadas ações integrantes da política pública municipal para uma cidade antirracista.
O programa OJÙ compõe esta política pública municipal. ‘OJÙ’ é uma palavra da língua Yorubá que significa olho. Ela foi escolhida por simbolizar um olhar abrangente para identificar as diferenças que atingem uma sociedade e, desta forma, enxergar os abismos sociais e raciais. O programa será implementado através dos seguintes projetos e ações: 2ª edição do Prêmio Carukango Vive; 3ª edição do Prêmio Dra. Olga Neme; I Curso de Letramento Racial e Políticas Afirmativas para os servidores; Kit Antirracista; aquisição de livros de escritoras negras da cidade; lançamento da história em quadrinhos Carukango; lançamento do aplicativo Terreiro Legal; lançamento do Selo Terreiro Legalizado; lançamento da Cartilha de Orientação de Legalização dos Terreiros e o projeto Fala Jovem.
“É dever do poder público ser o exemplo de como a prática antirracista pode sim, ser uma ferramenta de transformação de um povo. A pauta antirracista é, antes de tudo, uma questão civilizatória. Não há justiça e muito menos democracia, sem igualdade. Não se faz mais cidade sem pensar em ações, ideias, comportamentos e atitudes antirracistas. Não basta uma pessoa se intitular “não racista”, são necessárias ações”, disse o secretário de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Dorniê Matias.
“Na dinâmica de governabilidade da nossa cidade, a centralidade da palavra de comando é o antirracismo, pois não se pensa uma cidade antirracista sem mover a peça central, a sua palavra de comando. Para tanto, pedimos a participação de todos. É imprescindível que a população esteja junto”.