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Macaé Cidadão dá certificado de conclusão do curso de cuidador de crianças a 50 pessoas

11/12/2008 12:55:37 - Jornalista: Alexandre Bordalo

Quarenta e nove mulheres e um homem receberam certificado de conclusão do curso de cuidador de criança, na noite desta quarta-feira (10), no auditório do Colégio Municipal Maria Izabel Damasceno Simão, onde houve 62 horas de aulas gratuitas, que se realizaram desde setembro. O curso foi uma promoção da secretaria municipal Especial de Integração Governamental e Comunicação Social, por intermédio da Coordenadoria Geral do Programa Macaé Cidadão, da prefeitura, cuja coordenadora é Amélia Augusta Guedes.

O público alvo, constituído por pessoas que já atuam com crianças ou que desejam ter atividades com o mundo infantil, teve experiências e percepções diferenciadas sobre o curso de cuidador de criança. Para Josefa Niseza da Silva, que é professora de 1ª a 4ª séries, as aulas práticas – devidamente dadas em creches – lhe mostraram que existe hora para brincar, de fazer leitura, contação de história e de levar as crianças para o parquinho, além de momentos em que elas se apresentam ao seu grupo, sendo conduzidas a se expressar.

Já a parte teórica que mais a fez tomar nota deu-se na aula a respeito de cooperativa. Ela viu que organização para os cuidadores de crianças trabalharem juntos, com os mesmos objetivos é resultado de uma união do grupo na esfera profissional.

A auxiliar de ensino Vera Lucia Garcia pontuou a dedicação e o carinho dos profissionais – pedagogo, psicólogo, advogado, enfermeiro, musicoterapeuta e outros – que deram o curso. Para ela, houve muita organização. “Aprendi nas aulas práticas que nas creches as crianças de idade média de quatro anos dormem à tarde, após o almoço, e que pela manhã ocorrem as atividades lúdicas e corporais, as brincadeiras”, conta.

- Teoricamente, gostei de aprender sobre a importância de jogos psicomotores, especialmente para as crianças especiais – revela. – Também me animei em aprofundar-me sobre a criatividade que se deve ter para contar histórias, de maneira a prender a atenção da criançada.

Desempregada, Maria Aparecida Torres Cavalcante sonha em abrir e comandar uma creche, beneficiando crianças especiais ou não. “Nas aulas práticas, desenvolvi habilidades para cantar e animar o público infantil, que aprimora sua capacidade de absorver conhecimentos graças a nossa atuação em ensinar brincando”, comenta.

Na dimensão teórica, Maria Aparecida descobriu que, segundo o estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a agressão verbal deve ser veementemente reprimida. Por meio de dinâmica, na qual havia, por exemplo, as palavras “preconceito” e “desestímulo” chegou-se à conclusão de que através de certas expressões e falas dos adultos são causados nas crianças justamente preconceito e desestímulo.

O artesão José Augusto Rainha, único homem do curso de cuidador de crianças, disse que gostou das conversas com as crianças nas creches, onde elas estavam completamente imersas nas suas palavras. “A atenção delas conosco eram seguidas de suas apresentações do caderno contendo suas conquistas educacionais”, lembra.

- Com as crianças especiais pude ver que elas são verdadeiramente especiais, já que têm um grande carinho para com o próximo – pontuou. Na esfera teórica, ele disse que alimentação, higiene, saúde e outros conteúdos preencheram de conhecimento os novos cuidadores de crianças.