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Macaé começa a semana com mais um mutirão de combate ao Aedes aegypti

02/12/2024 19:36:00 - Jornalista: Genimarta Oliveira

Foto: Ana Chaffin

A ação foi realizada no Parque Valentina Miranda

A Gerência de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde de Macaé iniciou a semana com mais um mutirão de combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Desta vez, a ação foi no bairro Parque Valentina Miranda e segue ao longo da semana em outros bairros. A mobilização faz parte das medidas que visam prevenir e reduzir os criadouros do mosquito na cidade nesse período que antecede o verão.

Os agentes de endemias percorrem as casas para uma vistoria e avaliação se existe, ou não, possíveis criadouros do mosquito Aedes para fazer as devidas orientações. Em visita a uma residência, o agente Elias Ferreira encontrou larvas e um tonel com água. O recipiente, segundo a dona da casa, a aposentada Maria Isabel Silva, é utilizado sob a calha de água e a mesma é utilizada para molhar as plantas. “Sempre verifico os depósitos, e não deixo água armazenada. Foi um descuido. Aqui, mantenho o quintal sempre limpo, os vasos de plantas não possuem pratinhos e a caixa d´água fechada”, garantiu.

O agente orientou a aposentada a lavar o tonel com esponja e sabão, pois os ovos do Aedes podem sobreviver até 450 dias fora d'água. “Quando os ovos entram em contato com a água, se abrem e se desenvolvem rapidamente, em dois ou três dias após o contato com a água, os ovos viram larvas, que se transformam em pupas e depois em mosquitos adultos. Todo processo pode durar em torno de 10 dias”, frisou Elias, acrescentando que este período é o mais propício para o desenvolvimento do mosquito, devido ao clima caracterizado por sol com chuvas esparsas.

As visitas domiciliares têm como objetivo eliminar os criadouros do mosquito e intensificar os cuidados para o controle da doença no município. Os agentes percorrem as residências e comércios, fazendo tratamento com larvicida e orientações aos moradores sobre a importância de verificar locais como caixas d'água, calhas, pratos de vasos de plantas, ralos, aquários, latas, garrafas, pneus e outros locais onde o mosquito pode se reproduzir.

Além das vistorias nos imóveis, uma tenda foi montada na entrada do bairro, onde uma equipe de Educação em Saúde estava orientando a população. Acompanhada do avô, Wellington Pacheco, a pequena Lara, de três anos, pôde conhecer as fases do mosquito em microscópio. “A Lara tem muita consciência ambiental. Não joga lixo no chão e não gosta de ver lixo espalhado pelas ruas. Ela diz que quando crescer será a “Super Lara”, para deixar tudo bem limpinho”, contou o avô. Quando questionada sobre o que aprendeu na tenda educativa, ela disse que não pode deixar a caixa d´água sem tampa.

O gerente do órgão, Luan Campos, reforça que o controle do mosquito transmissor depende da colaboração de toda sociedade. “Se cada cidadão não tomar consciência de que tem precisa cuidar da sua casa, do seu quintal, da sua rua juntamente com seus vizinhos. Todos têm que colaborar para que realmente tenha um grande sucesso”, observa.

O cronograma segue nesta nesta terça (3), na localidade de Águas Maravilhosas. Já na quarta-feira (4), será em Areia Branca, na Região Serrana. O mutirão se estenderá ao Engenho da Praia na quinta-feira (5), também com uma tenda informativa para tirar dúvidas da população. Na sexta-feira (6), o Mirante da Lagoa receberá a mesma programação também com uma tenda voltada para informações.

Cuidados - A orientação é manter os quintais sempre limpos, recolher, eliminar ou guardar longe da chuva todo objeto que possa acumular água, como pneus velhos, latas, recipientes plásticos, tampas de garrafas, copos descartáveis, entre outros. O lixo doméstico deve ser acondicionado em sacos plásticos e descartado adequadamente, em depósitos fechados.

Depois da chuva, é recomendado fazer a vistoria no quintal e na casa para eliminar a água acumulada sobre lajes, calhas, tanques, pratinhos de vasos de planta. Baldes, potes, bacias e outros recipientes que guardam a água de beber e para outros usos domésticos, assim como a caixa d'água, devem ser mantidos limpos e fechados para evitar o risco de proliferação do mosquito.

Para solicitações e denúncias, a população pode entrar em contato com a Coordenadoria Especial de Vigilância Ambiental em Saúde, que funciona à Rua Vereador Manoel Braga, 425, Centro de Macaé, ou através do e-mail cevas@macae.rj.gov.br ou, ainda, pelo Disque Dengue (0800-022-6461), com ligação gratuita, e o WhatsApp Aedes (22) 2772-6461.


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