Foto: Guga Malheiros
Mini-campeonatos de Surf fizeram parte da programação
Um dia de sol, com campeonatos de surf e sand-up paddle, foi o cenário para a festejar a desapropriação da área de restinga da Praia do Pecado, no último domingo (8), encerrando a programação da Semana do Meio Ambiente da Prefeitura de Macaé. Ambientalistas e moradores da região tiveram mais um motivo para comemorar: a Procuradoria Geral do município já ingressou com a ação de posse definitiva do local, o que garante maior agilidade no processo.
De acordo com o secretário de Ambiente, Guilherme Sardenberg, a ação completa o decreto número 054-2014, publicado no dia 30 de abril, determinando a desapropriação, em regime de urgência, da área da restinga. "O município está solicitando também a posse imediata do local, considerado área de preservação permanente pelas leis ambientais", explicou o secretário.
Segundo ele, após a posse, a primeira ação do município será fechar o local, que nos últimos anos tem sido alvo de invasões, queimadas e até de acampamentos clandestinos. A intenção é promover um estudo completo para a elaboração do Plano de Conservação e Preservação sobre a fauna e a flora da restinga. Após este estudo, a ideia é decidir, junto com a comunidade, o melhor projeto de uso da área, que será transformada em Parque Municipal.
Para comemorar a desapropriação, durante todo o dia a Praia do Pecado ficou em festa com shows de rock e competições esportivas. Membro da ONG SOS Pecado, o ambientalista Leonardo Pereira Machado lembrou que a desapropriação da área é o resultado de um processo vitorioso da comunidade macaense pela defesa ambiental. “Iniciamos esta luta e hoje comemoramos com muito orgulho mais esta conquista”, afirmou.
A área, com aproximadamente 170 mil metros quadrados, que também abrange uma extensão da Marinha, se confronta com a areia da praia do Pecado, de um lado, e com a Rodovia Amaral Peixoto, além do bairro Cavaleiros. Na área da restinga da Praia do Pecado encontram-se duas espécies que fazem parte da lista oficial da flora ameaçada de extinção como o Quixabeira, cujo nome científico é Syderoxylum obtusifolium; e Pimenteira (ou Jacquinia armillaris).