Foto: Rui Porto Filho
Flautista e compositor macaense foi homenageado no Carnaval 2013 de Macaé
Na passagem dos 110 anos de nascimento do flautista e compositor macaense Benedicto Lacerda, músicos, poetas, compositores e membros das bandas centenárias das sociedades musicais Nova Aurora e Lira dos Conspiradores prestam homenagem ao músico.
O Sarau Benedicto Lacerda, organizado pelo Grupo de Chorões de Macaé, com o apoio da Prefeitura de Macaé, vai acontecer nesta quinta-feira (14) a partir das 18 horas, no Pátio do Solar dos Mellos - Museu da Cidade de Macaé.
As presenças já estão confirmadas do Coro das Cigarras de Macaé, dos Músicos de Conceição de Macabu, integrantes do Coletivo Só Pra Moer, dos Flautistas Werlles de Paula, Jean Macaé e de alunos e professores da Emart - Escola Municipal de Artes Maria José Guedes.
O Sarau em Homenagem a Benedicto Lacerda começou em Macaé comemorando os 98 anos do músico e culminou no Centenário do Flautista Macaense em 2003. Os primeiros saraus aconteceram na Capela da Nova Aurora, na Praia de Imbetiba, no pátio da Lira dos Conspiradores, no Calçadão da Rui Barbosa e no Bico da Coruja.
A partir destas homenagens nasceu o Festival Cultural Benedicto Lacerda, que acontece desde 2008. Os músicos que organizam o Sarau, denominados "Chorões de Macaé", pretendem começar a partir do Sarau deste ano a movimentar a criação do Clube do Choro de Macaé.
Quem é Benedicto Lacerda
Benedicto Lacerda nasceu em março de 1903, em Macaé, mas foi criado no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro. Muito cedo, conheceu Noel Rosa e Ismael Silva, entre outros sambistas. Já adulto, alistou-se no Corpo de Bombeiros, integrando a banda da corporação como flautista.
Depois de pedir baixa na carreira militar, o músico foi tocar com o grupo regional Boêmios da Cidade, acompanhando, inclusive, a vedete americana Josephine Baker, em turnê pelo Brasil. No início da década de 30, Lacerda organizou o grupo Gente do Morro, caracterizado pelos efeitos de percussão e solos de flauta. A seguir, formou o Conjunto Regional Benedicto Lacerda, acompanhando nomes como Carmen Miranda, Francisco Alves e Silvio Caldas.
Já na década de 40, Benedicto registrou uma série de gravações antológicas em parceria de flauta e sax com Pixinguinha. Teve sucessos gravados por artistas de expressão como Dalva de Oliveira e Ademilde Fonseca. Benedicto Lacerda morreu em um domingo de Carnaval, em 1953.
O macaense Jadir Zanardi lançou em 2009 o livro “Benedicto Lacerda e a saudade ficou”. E agora, o pesquisador da vida e da obra de Benedicto, Rúben Pereira, está disponibilizando parte do seu acervo pessoal sobre o músico, para o Solar dos Mellos.