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Macaé é a cidade mais dinâmica do Brasil

01/06/2007 17:30:17 - Jornalista: Janira Braga

Os investimentos sociais em saúde, educação, saneamento e ciência e tecnologia impulsionaram a conquista de Macaé como o município mais dinâmico do Brasil. Em solenidade realizada na noite de quinta-feira (31), no Hotel Sofitel, em São Paulo, o prefeito Riverton Mussi recebeu o prêmio para Macaé, uma iniciativa da Gazeta Mercantil, que integra a Companhia Brasileira de Multimídia (CBM). A pesquisa foi realizada em todo o país pela Florenzano Marketing e os dados constam na oitava edição do "Atlas do Mercado Brasileiro”.

- O vigor econômico do município, que cria oportunidades de investimentos, e o potencial de crescimento, com infra-estrutura para grandes empreendimentos, somaram pontos para Macaé ser considerado pela primeira vez o município mais dinâmico do país. É a terceira vez que configuramos no ranking de cidades mais dinâmicas, e este primeiro lugar foi uma experiência muito positiva – avaliou o prefeito Riverton Mussi.

O Índice de Potencial de Consumo (IPC), a variação do Produto Interno Bruto (PIB) em relação ao Brasil, a abertura de empresas, o licenciamento de veículos e as operações bancárias por habitante também foram critérios analisados pela pesquisa, além da arrecadação municipal.

Segundo o prefeito, investir em saúde, educação e infra-estrutura, com estímulo ao desenvolvimento dos setores de comércio, indústria e serviços, dando oportunidade para o munícipe ser inserido no processo de desenvolvimento econômico da cidade, é a prioridade do governo municipal. “Queremos manter o dinamismo de Macaé, incentivando a atração de novos negócios e desenvolvendo políticas públicas de qualificação”, salientou.

Neste ano, a prefeitura de Macaé investe R$ 164 milhões em saúde, R$ 150 milhões em educação, além de um expressivo investimento em infra-estrutura urbana, como R$ 29 milhões no Lagomar, R$ 4,5 milhões na Fronteira e R$ 4 milhões no Novo Botafogo. A Cidade Universitária, que será inaugurada dia 6 de julho com os dois primeiros prédios - um com 30 salas de aula - recebeu R$ 12 milhões de investimento.

- Nossa preocupação é dotar o município de infra-estrutura urbana, principalmente as áreas mais carentes. Nosso desafio é criar mecanismos para consolidar o cenário de força econômica que a cidade está inserida, criando oportunidades de qualificação para o munícipe, como no investimento na Cidade Universitária e o projeto Bolsa Universitária – ressaltou o prefeito, se referindo ao projeto que garante o pagamento de até R$ 350,00 das mensalidades dos alunos em cursos de Ensino Superior e Técnico Profissionalizante.

Riverton frisou que o objetivo da Cidade Universitária é dar oportunidade para que o munícipe participe ativamente do desenvolvimento econômico da cidade por meio da educação, que gera capacitação profissional dentro das demandas sociais identificadas como prioritárias para o município. “Queremos transformar Macaé em um Pólo Universitário, vamos assinar com a UFRJ sua implantação no campus e estamos pleiteando o aumento da parceria com a Uenf”, pontuou o prefeito, se referindo à Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Estadual do Norte Fluminense.

O arranjo produtivo do petróleo e gás impulsionou a conquista de Macaé, que faz parte da Bacia de Campos, responsável por 83% da produção nacional de petróleo e gás do país e por 42% do gás natural. Macaé representa a área central de concentração das atividades de apoio à indústria offshore do país por ser a sede da Petrobras na Bacia de Campos.

De acordo com o secretário de Comunicação, Romulo Campos, o prêmio é motivo de orgulho e ao mesmo tempo, de preocupação. “Trata-se de uma conquista na área de excelência que o município contabiliza dentro da premiação da Companhia Brasileira de Multimídia. No entanto, nossa apreensão é em relação à crescente migração de trabalhadores não capacitados que chegam à cidade”, comentou.

Romulo Campos observou que o mercado de trabalho de Macaé absorve mão-de-obra qualificada com ênfase no arranjo produtivo do petróleo e gás. “Muitas famílias, sem qualificação, acabam invadindo áreas e aumentando de forma substancial a demanda social e de infra-estrutura do município. Por este motivo, o secretário de Assistência Social, Valdeci Brandão, criou o projeto ‘Volta para Casa’”, citou o secretário de Comunicação, se referindo ao projeto que leva para o local de origem o cidadão que fica à margem do desenvolvimento do município.

Macaé investe no social 3,4 vezes mais que a média nacional

Os investimentos na área social aplicados pela prefeitura de Macaé também somaram pontos para a cidade ter obtido o título de mais dinâmica do país. O levantamento da Florenzano Consultoria apontou que Macaé investe no social 3,4 vezes mais do que a média nacional no setor, representando um gasto de R$ 1.450 por habitante no ano.

O prêmio “Os municípios mais dinâmicos do Brasil 2007” ressalta a cidade mais dinâmica de cada estado. Macaé liderou o ranking de uma lista de 300 municípios de todos os estados da república e ganhou posição destaque no “Atlas do Mercado Brasileiro”. Atrás de Macaé, aparecem Sumaré (SP), Caucaia (CE) e Nova Lima (MG).

O Atlas do Mercado Brasileiro chegou em sua oitava edição e divulgou que somente oito capitais estão incluídas entre os 27 municípios mais dinâmicos, o que revela uma tendência do mercado de investimento em cidades que têm potencial e não são metrópoles.

Além de cidade mais dinâmica do país e possuir um dos menores índices de analfabetismo e mortalidade infantil, as facilidades para negócios impulsionaram o terceiro lugar do estado para Macaé com o maior Índice de Qualidade Municipal (IQM), segundo levantamento da Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro (Cide).

Além disso, em 2006, Macaé mais uma vez entrou na lista das 100 melhores cidades brasileiras para se trabalhar, de acordo com pesquisa feita pela revista Você S.A. A cidade ficou em décimo-terceiro lugar no ranking nacional e em oitavo entre os municípios da região Sudeste. Entre as cidades que não são capitais do estado, Macaé é a primeira em vigor econômico do país, levando em conta o ISS e o PIB per capita, segundo a Fundação Getúlio Vargas.