Macaé é a melhor cidade do interior do país no quesito vigor econômico. Esse é um dos resultados apontados nesta quinta-feira (7), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou o ranking das cem melhores cidades para se trabalhar no Brasil. Macaé aparece em nono lugar entre as 30 melhores cidades para se trabalhar, abaixo apenas de capitais.
De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, depois de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e Belém (PA), Macaé é a cidade em que os trabalhadores concentram as melhores oportunidades profissionais e de capacitação de mão-de-obra. Os royalties do petróleo e os investimentos em educação são apontados pela FGV como dados somatórios que levaram Macaé a ocupar essa posição.
As ofertas de bens e serviços também contribuíram, segundo a pesquisa, para o município despontar em primeiro lugar como melhor cidade do interior em vigor econômico e nona melhor para se trabalhar no Brasil. Macaé desbanca capitais como Fortaleza (CE), Salvador (BA), Manaus (AM), Vitória (ES), além de cidades como Campinas (SP), São José dos Campos (SP), Cubatão (SP), Goiânia (GO), todas consideradas em pesquisas de diversas instituições aplicadas, cidades importantes para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
NO TOPO - Do Estado do Rio de Janeiro, Macaé é o segundo melhor município para se trabalhar, ficando abaixo apenas do próprio Rio. Do Norte Fluminense, Macaé fica em primeiro lugar, estando nove colocações na frente de Campos, que aparece em 18º lugar. Não é mencionada nenhuma outra cidade do Norte Fluminense entre as 30 melhores para se trabalhar. Macaé ainda aparece 16 posições na frente de Cabo Frio, município que faz parte da Região dos Lagos.
Ficando em nono lugar em comparação com os mais de cinco mil municípios brasileiros, Macaé está em uma posição privilegiada, conforme aponta o mercado. A pesquisa da Fundação Getúlio Vargas foi realizada pela quarta vez, sob encomenda da revista Você S.A., da Editora Abril, que chega às bancas esta semana.
A metodologia usada pela Fundação Getúlio Vargas levou em conta o PIB per capita municipal, que é a somatória de todas as riquezas produzidas no município dividida pelo número de habitantes, e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Esses dois fatores, somados aos índices de saúde e educação, foram os critérios contabilizados na pesquisa, realizada entre novembro de 2004 e maio de 2005. As cidades que aparecem nos primeiros lugares da pesquisa têm em suas atividades econômicas predominantes o petróleo, agricultura e serviços.
Prefeito destaca que petróleo impulsiona estatística
O prefeito Riverton Mussi (PSDB) avaliou de forma positiva a pesquisa da Fundação Getúlio Vargas e analisou que a maior força econômica do município, o petróleo, impulsionou os resultados. “Macaé é a capital nacional do petróleo. Do nosso mar saem todos os dias o equivalente a 83% do petróleo e 42% do gás natural produzidos no Brasil. Temos sediadas aqui mais de quatro mil empresas do setor offshore, incluindo inúmeras prestadoras de serviços”, comentou.
Riverton destacou que o petróleo transformou Macaé em um município de economia forte e para que a cidade continue no cenário favorável de desenvolvimento econômico, o governo se preocupa com alternativas para o crescimento da economia. “O setor industrial de Macaé começa a ganhar força para atender tanto a indústria do petróleo e gás, quanto outros setores que vão além da vocação natural da cidade. Estamos implantando um grande projeto para a sustentabilidade do município, o Pólo Industrial”, disse o prefeito.
A concepção do Pólo Industrial de Macaé é baseada no modelo de cluster, com instalação de indústrias dos setores metal-mecânico e eletro-mecânico, que têm demanda com forte crescimento nos setores de produção de gás e petróleo. O Pólo terá apoio de uma incubadora de empresas de base tecnológica voltada, principalmente, para a mecatrônica. Do lançamento do Pólo, ocorrido em junho, na Feira Brasil Offshore, até hoje, mais de 200 empresas de atividades diferenciadas se mostraram interessadas em instalação no complexo.
PÓLO UNIVERSITÁRIO – O prefeito afirmou que investir em educação é uma das prioridades do governo, para garantir a colocação de munícipes no mercado de trabalho e aumentar ainda mais os índices de educação da cidade. “Estamos construindo a primeira universidade do Estado do Rio de âmbito municipal, com recursos dos royalties. Temos a perspectiva de promover com a universidade uma ação contínua de crescimento da cidade”, disse.
A Universidade Municipal de Macaé está sendo construída em uma área total de 95 mil metros quadrados junto à Linha Verde e será composta por seis blocos com 30 salas de aula cada. A sala de aula pode abrigar 40 estudantes – com isso, sete mil alunos poderão estudar por turno. “Também vamos implantar o Pólo Tecnológico, que visa atrair empresas como laboratórios e centros de pesquisa, e ampliar o Pólo de Serviços”, informou.
EMPREGO – O prefeito afirmou que a administração se preocupa com a fama de novo Eldorado que Macaé passou a ter, atraindo pessoas de todos os lugares do país, causando inchaço da periferia da cidade e desemprego.
- Macaé tem problemas graves como qualquer outra cidade em crescimento. Por isso, estamos preocupamos em qualificar a mão-de-obra local. Para incentivar a colocação no mercado de trabalho, criamos a Secretaria de Trabalho e Renda, que busca profissionais e os insere no mercado, além de promover cursos de capacitação segundo as necessidades do mercado. Temos a Incubadora de Cooperativas, que já foi responsável pela inclusão