O dinamismo da economia de Macaé, a infra-estrutura para grandes empreendimentos e as facilidades para negócios somaram pontos para o município ser apontado como o terceiro do estado com o maior Índice de Qualidade Municipal (IQM), segundo levantamento da Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro (Cide) divulgado nesta terça-feira (11). A cidade subiu duas posições, impulsionada pela cadeia produtiva do petróleo e gás, em relação à última pesquisa que mediu o índice, feita em 1998.
A localização vantajosa, a qualificação da mão-de-obra, a cidadania, a riqueza e potencial de consumo foram outros quesitos analisados pela Fundação Cide em Macaé, que contribuíram para o bom desempenho do município no ranking que analisou as 92 cidades fluminenses. Rio e Niterói aparecem em primeiro e segundo lugar, respectivamente.
Para o prefeito Riverton Mussi (PSDB), os investimentos em qualificação profissional que trabalham a inclusão social, como a Central de Atendimento Especializado ao Trabalhador (Caet), a Incubadora de Cooperativas, os cursos profissionalizantes feitos em parceria com a iniciativa privada contribuíram para o avanço de Macaé no IQM. Ele ressaltou que os investimentos em infra-estrutura possibilitam novos negócios, e as aplicações em projetos sociais elevam o desenvolvimento dos bairros.
- Trabalhamos para implantar programas que consolidem o cenário de força econômica e geração de empregos que Macaé se insere, buscando a inserção do macaense neste processo. A capacitação da mão-de-obra para o mercado industrial e a criação de políticas públicas para atração e retenção de investimentos e na busca pelo desenvolvimento sustentável do município são nossas prioridades, sempre alinhadas à saúde e educação - destacou o prefeito.
Segundo o secretário de Governo, André Braga, o avanço de Macaé em dois pontos na pesquisa que mediu o IQM dos municípios reflete o trabalho do governo em se preocupar com a melhoria da qualidade humana e na busca da inclusão social. “Os investimentos nos projetos sociais e de saúde e educação refletem o bom desempenho econômico da cidade, que possui logística e estrutura para novos investimentos. Vamos intensificar a qualificação profissional com a Escola do Trabalhador e a Escola de Idiomas e já disponibilizamos cursos gratuitos na Escola de Informática”, citou Braga.
O secretário de Governo lembrou que somente na manutenção do Hospital Público de Macaé (HPM) serão investidos cerca de R$ 50 milhões pela prefeitura neste ano. Braga ressaltou ainda que a cidade tem uma das menores taxas de analfabetismo do estado, de 7,3%.
PÓLO INDUSTRIAL - Para pontuar o desempenho do IQM nos municípios, a Fundação Cide analisou estatísticas nos municípios como existência de Pólo Industrial – que está em fase de implantação para atrair indústrias de diversos segmentos –, de aeroportos – o de Macaé contabiliza cerca de 150 pousos e decolagens por dia, segundo a Infraero - a rede hospitalar – o HPM é hoje referência de alta tecnologia na região.
Além desses fatores, foram estudados o faturamento do comércio varejista, nível de instrução, depósitos bancários, quantidade de terminais telefônicos instalados, presença do balcão Sebrae, rodovias e linhas de ônibus. O petróleo foi apontado pela Fundação Cide como o principal fator que levou Macaé a ocupar a terceira posição do município como o maior IQM, já que o setor gera emprego, atrai empresas prestadoras de serviço de alta tecnologia e movimenta a economia de toda a cidade.
O secretário de Indústria, Comércio, Abastecimento e Energia, Alexandre Gurgel, comentou que Macaé vem ocupando as primeiras posições nos rankings dos principais indicadores de crescimento da economia e desenvolvimento social do país das diversas fundações e instituições. “Em comparação com 1998, Macaé cresceu dois pontos no IQM, que em valores absolutos, difere de alguns crescimentos fora da curva de municípios que receberam investimentos e que não tinham nenhum setor econômico aquecido”, disse.
De acordo com Gurgel, a posição do IQM de Macaé ratifica o processo de amadurecimento da sua economia. “O período de 1998 a 2006 foi o mais rico para as estratégias e projetos executados em infra-estrutura, qualificação profissional e ações sociais. Quando analisamos a pesquisa com os demais indicadores de economia, percebemos que Macaé está no caminho certo para se transformar em uma economia auto-sustentável perene ao ciclo do petróleo”, analisou.
Os resultados da Fundação Cide apontam uma mudança no crescimento da economia fluminense, que era, há alguns anos, direcionado para a cidade do Rio e municípios ao redor, como Niterói. O petróleo no Norte, a indústria automobilística no Sul Fluminense, o setor têxtil da Região Serrana do Rio contribuem para a descentralização do desenvolvimento econômico do Estado, segundo a Fundação Cide.