Foto: Kaná Manhães
Macaé é a única cidade do estado entre as 15 melhores do país em qualidade de vida
Pólo de desenvolvimento do Norte Fluminense, Macaé é a única cidade do estado entre as 15 melhores do país em qualidade de vida, de acordo com o Índice de Desenvolvimento Municipal (IFDM), elaborado pela Firjan. O município também entrou na seleta lista das únicas 12 cidades a atingirem índice acima de 0,9. A pontuação da Firjan vai até 1.0, e avalia o desenvolvimento de acordo com os índices de geração de emprego e renda, educação e saúde.
Os dados, divulgados oficialmente nesta segunda-feira (27), são baseados nos índices de 2007. No ranking nacional, à frente de Macaé estão apenas cidades do estado de São Paulo. No Estado do Rio, a cidade é a primeira na média geral e a primeira em geração de emprego e renda.
- O resultado nos deixa muito contente, mas é bom sempre lembrar que Macaé continua sendo uma cidade atípica. Temos boas ofertas de emprego, mas para profissões ligadas à indústria do petróleo que exigem excelente qualificação. O desenvolvimento alcançado é o resultado do bom trabalho que vem sendo feito desde 2005, principalmente nos investimentos em saúde e educação, que consomem juntas quase 60% do orçamento municipal, disse a prefeita em exercício, Marilena Garcia.
Em relação ao ano passado, Macaé subiu 46 posições no ranking nacional. No levantamento divulgado pela Firjan nesta segunda-feira, a cidade teve pontuação geral de 0,9038. Em emprego e renda, a pontuação ficou em 0.9746 – a quinta do país. Em 2008, foram criadas nada menos que 10 mil novos postos de trabalho.
- Macaé é uma cidade muito dinâmica e que oferece muitas oportunidades de emprego, principalmente no setor de serviços, comércio e construção civil. Quem vem para a cidade em busca de uma vaga de emprego no setor de petróleo e gás tem de ter qualificação adequada, pois este é um mercado que exige formação específica -, destaca o secretário de Trabalho e Renda, Marcos Crespo.
Os números da educação e da saúde também foram considerados muito bons: 0,8357 e 0,9012, respectivamente. Os índices estão bem acima da média nacional - 0,6182 geral, 0,3679 de emprego e renda, 0,6945 de Educação e 0,7712 de saúde.
O Secretário de Saúde, Dr. Eduardo Cardoso atribui o bom desempenho da saúde na pesquisa a um conjunto de iniciativas: “Estamos valorizando a atenção básica e incentivando a assistência junto aos profissionais do PSF. Destaco também os trabalhos do Comitê de Avaliação da Mortalidade Infantil e neo natal que funciona de forma participativa. Reduzimos nossa taxa de mortalidade infantil para 7 por mil. E a medicina de alta complexidade que tem permitido diagnósticos precoces e possibilidades de tratamento, aumentando a expectativa de vida da população”.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico de Macaé, Cliton da Silva Santos, o caminho agora é investir ainda mais nas
melhorias da infraestrutura urbana.
- A cidade cresce de uma maneira muito acelerada, e nem sempre os investimentos públicos conseguem acompanhar. Este é o nosso maior desafio. Para que Macaé continue no topo dos municípios desenvolvidos, temos que pensar cada vez mais no futuro.
E estamos fazendo isso, investindo na ampliação do arco viário, com a construção da Avenida Industrial e outras vias alternativas, e em saneamento, com o programa Água Limpa, comentou, lembrando que a cidade também deverá receber novos investimentos por conta das descobertas do pré-sal.
Lançado em 2005, o IFDM se assemelha ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), usando indicadores oficiais como mortalidade infantil, consultas de pré-natal, abertura de vagas formais e matrículas no ensino infantil. O Índice Firjan surgiu em resposta à ação 97 do Mapa de Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, que propôs a criação de um índice para acompanhar de forma permanente o desenvolvimento humano, econômico e social.