Foto: Ana Chaffin e Arquivo Secom
Novo Mercado Municipal de Peixes é destaque como boas práticas do município no Observatório Programa Cidades Sustentáveis
A atividade pesqueira beneficia, há anos, diversas famílias no município. Em 2015, a produção de pescado atingiu a marca de 720 toneladas. Os dados, da secretaria de Gestão Estratégica, por meio do Programa Metas e Resultados, apontam 20% de elevação em relação ao mesmo período de 2014. Desse total, 30% são consumidos em Macaé. O número de pescadores registrados chega a 1,5 mil profissionais, sendo 500 sustentáveis, com cerca de 400 barcos. Além disso, 15 mil pessoas estão vinculadas ao setor econômico da pesca, o que representa cerca de 15% da população economicamente ativa.
Políticas públicas para o fomento da pesca é um dos compromissos do plano de governo. Em junho do ano passado, a prefeitura entregou o novo Mercado Municipal de Peixes. O espaço está representado como boas práticas do município no Observatório do Programa Cidades Sustentáveis - que também apontou Macaé em segundo lugar do país na inserção de boas práticas, com a apresentação de 47 delas.
O movimento alcança, em média, 600 pessoas por dia durante a semana, porém, aos sábados e domingos, o número de consumidores que se dirigirem às bancas para adquirir frutos do mar, como peixes e camarões, ultrapassa a quantidade de mil.
Para o comerciante Jorge Rangel Pereira, 56 anos, o novo espaço proporciona conforto para os consumidores. "As pessoas que frequentam o mercado estão elogiando bastante. No último final de semana, por exemplo, foi promovido o Festival de Frutos do Mar na frente do espaço, que foi totalmente remodelado. A iniciativa estimula o consumo de peixe e, ainda, oferece outra opção de lazer para nossa cidade", frisa.
O Mercado de Peixes de Macaé, criado em 1924 e reinaugurado em 2015, é considerado um dos mais bonitos espaços arquitetônicos da cidade, funcionando num prédio de dois andares. Também é o maior da região nessa atividade, agregando beleza, qualidade e convívio. Possui um cais com capacidade para 15 embarcações, 60 boxes e cerca de 180 trabalhadores. Conta com equipe multidisciplinar, dentre elas, a Faculdade de Nutrição da UFRJ, visando melhorar a comercialização do pescado. No espaço, foi instalado um ponto itinerante de recolhimento de óleo vegetal que, no mês de março, já acumulou cerca de 35 litros.
Arte que vem da pesca
A artesã Ângela Maria Pereira Coutinho, 50 anos, trabalha com escamas e peles de peixe. Na Associação Macaense de Culinária e Artesanato com Peixe Peruá, localizada na Barra, ela e mais 13 mulheres fabricam espelhos, joias e arranjos. "Estamos nos preparando agora para confeccionarmos vestuários com escamas de peixes. A pesca é uma atividade que distribui renda para várias áreas. Meu marido é pescador e trabalho com escamas há 20 anos", afirma a artesã.
Macaé é referência em boas práticas
Desde 2013, Macaé aderiu ao Programa Cidades Sustentáveis, que tem como objetivo sensibilizar, mobilizar e oferecer ferramentas para que as cidades brasileiras se desenvolvam de forma econômica, social e ambientalmente sustentável. Com o trabalho realizado ao longo desses três anos, o município já figura como segundo município do Brasil - dos 283 inscritos – na inserção de boas práticas. O Cidades Sustentáveis tem abrangência internacional e é realizado pelo Instituo Ethos, Rede Nossa São Paulo e Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis.
A Prefeitura de Macaé se comprometeu a atingir índices que possam tornar a cidade mais sustentável, possibilitando a gestão de projetos de forma eficiente e transparente, ao pactuar com o Programa Cidades Sustentáveis o compromisso de desenvolver 100 indicadores básicos de desempenho.