Macaé entrou na disputa para a construção do pólo petroquímico no município.
A prefeitura está preparando uma campanha de mobilização popular para envolver toda a comunidade na luta pela Refinaria da Petrobras, empreendimento que vai gerar no período de obras 75 mil empregos diretos e indiretos. A idéia é promover desde abaixo-assinados até um ato público, além de campanha publicitária. A decisão sobre onde será instalada a Refinaria será dada pela Petrobras em 90 dias. A cidade de Itaguaí, no Sul Fluminense, também está na disputa.
“Temos todas as condições para abrigar a refinaria”, comentou o prefeito Riverton Mussi (PSDB). De acordo com ele, o município está iniciando estudos para a construção de um novo porto, destinado a operações da cadeia produtiva do petróleo, além de exportação e importação de mercadorias em geral. “Com esse novo empreendimento, queremos expandir a capacidade portuária do município, ampliando na cidade as transações de comércio exterior. Esse novo porto poderá ser um grande canal de logística para a refinaria, para o escoamento da produção”, disse o prefeito, que já está em negociação sobre o assunto com o Governo do Estado.
A prefeitura está preparando um relatório que será encaminhado à Petrobras mostrando as vantagens para que o investimento seja feito em Macaé. Levantamento feito pelo mercado financeiro indica que o petróleo corresponde a 9,05% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. E a Bacia de Campos tem grande responsabilidade em cima desta estatística. Os poços retiram diariamente 1,7 milhão de barris de petróleo por dia. Macaé e a Bacia de Campos produzem 83% do petróleo nacional. “Macaé é uma das poucas cidades do País que tributa com volume tão expressivo para o Produto Interno Bruto”, disse o prefeito.
- Sabemos que a produção do óleo cresce como as reservas também crescem. Dentro deste cenário de extensa potencialidade de produção, Macaé é hoje a cidade mais tecnicamente capacitada para receber o maior investimento já feito no Estado do Rio em um único projeto, comentou Riverton.
A refinaria que vai processar 150 mil barris diários de petróleo pesado, para produzir matérias-primas para as indústrias petroquímicas. “Com o pólo em Macaé, a condução do óleo até a refinaria pode ser barateada devido à proximidade do local de extração. Estudos da própria Petrobras sinalizam que Macaé tem grande potencial para receber esse investimento”, disse o prefeito.
Para o prefeito, Macaé se encaixa no perfil para receber a refinaria, já que o empreendimento deve ser construído em uma cidade com infra-estrutura adequada, logística e funcionabilidade técnica. “Outra vantagem para Macaé na busca pela refinaria é o aspecto ambiental – um investimento deste porte não afetaria nossas águas, por exemplo, já que não fazemos fronteira com reservatórios”, disse o prefeito.