A presidente da Fundação Macaé de Cultura (FMC), Ivana Mussi, e a vice-presidente, Ângela Terra, participaram do II Fórum Cultural Mundial, ocorrido entre os dias 24 e 30 de novembro, na cidade do Rio de Janeiro. No evento, discutiu-se o universo da cultura mundial para troca de experiências, buscando-se alternativas do processo de interligação de rede de produtores culturais e gestores públicos.
Também estiveram no Fórum o ministro da Cultura, Gilberto Gil, o secretário de Estado de Cultura, Osvaldo Pereira, e o prefeito César Maia, além de agentes culturais de diversos países, como Suíça, Colômbia, Estados Unidos, África do Sul, Índia, Austrália e outros.
Segundo Ivana, o objetivo do II Fórum Cultural Mundial foi promover a cultura como dimensão fundamental da vida contemporânea, buscando ampliar o papel da cultura nas políticas nacionais e internacionais. “Houve simpósios, oficinas, palestras, conferências e mesas redondas. Tudo com tradução simultânea”, comenta a presidente da FMC, lembrando que o II Fórum ocorreu simultaneamente em diversos lugares do Rio de Janeiro, em especial no Centro Cultural Ação da Cidadania, no bairro Saúde; no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Centro, e no Sesc Arte, no Flamengo.
- Dentre os conteúdos absorvidos, cito como exemplo a conferência de Economia Criativa – Estratégia de Desenvolvimento do século XXI – destaca Ivana. Essa conferência apresentou vantagens para angariar capital cultural e talento individual nos recursos tradicionais na cultura, abrindo nova frente de inclusão sócio-econômica dos países em desenvolvimento.
Para a presidente da FMC, outro destaque do II Fórum foi o simpósio de Economia Criativa – Múltiplas Dimensões e Impactos. Neste momento, o palestrante Yiping Zhou, diretor da Special Unit for South-South Cooperation (SUSSC – EUA), explicitou sobre a visão geral dos desafios, ao lidar com Economia Criativa. “Economia criativa é a transformação dos obstáculos (na arte) em estratégias econômicas e criação de regras e ferramentas econômicas em favor da cultura, da economia da cultura”, explica Ivana.
Ela diz ainda que a coordenadora de cultura da Unesco do Brasil, Jurema Machado, enfatizou que no último século a associação entre cultura e economia sofreu lacuna. “Mas está cada vez mais claro que economia da cultura consiste no uso benéfico dos modelos, regras e ferramentas econômicas em favor da cultura”, avalia a presidente da FMC.
De acordo com a representante de Macaé, a intenção da FMC é promover intercâmbio de conhecimento, compartilhar esta vivência e estruturar e consolidar as estratégias de parcerias possíveis para o município. “Em Macaé há grande potencial de criatividade e conhecimento”, conta.
Sobre o II Fórum Cultural Mundial, ela ressalta que é uma plataforma e um processo global de observação, reflexão e discussão da situação das artes e da cultura, em um mundo em transformação que enfrenta novos desafios, como globalização, proteção da diversidade cultural e flexibilidade dos direitos de propriedade intelectual, além da economia criativa e importantes atividades artístico-culturais para os programas de desenvolvimento.
- Este fórum tem como base movimentos da sociedade civil, que incluem organizações não governamentais, governamentais, bem como instituições internacionais de todos os níveis de organização e representação – diz a presidente da FMC. Ela finaliza, acrescentando que entre os temas da convenção global estiveram arte da cidadania; economia criativa – direitos culturais; diversidade, desenvolvimento e cultura da paz; diálogo cultural e globalização; democratização da comunicação e culturas indígenas e africanas.