Foto: Ana Chaffin
Macaé já conta há cinco anos com vacinação de hepatite B para pessoas com até 29 anos
O Ministério da Saúde ampliou a faixa etária para vacinação contra a hepatite B. Antes, a idade limite para vacinação era 24 anos e passou para até 29 anos. A medida vale a partir deste mês. Mas, em Macaé, a hepatite B já está na grade básica de vacinação há cinco anos.
A doença que em 70% dos casos não apresenta os sintomas, mas pode se tornar crônica, tem a vacina garantida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para grupos mais vulneráveis, independentemente de faixa etária. Gestantes, manicures, pedicures, podólogos, caminhoneiros, bombeiros, policiais, doadores de sangue e coletores de lixo domiciliar e hospitalar têm prioridade.
De acordo com a gerente do programa de Imunização de Macaé, Cláudia Campanati, a hepatite B já era disponibilizada para pessoas até 29 anos nas unidades de saúde por motivo da peculiaridade da cidade, isto é, muita gente de fora que vem para trabalhar no mercado do petróleo.
- Mensalmente, chegam ao município, enviadas pelo governo estadual, cerca de 4 mil doses da vacina. Com relação ao grupo de risco, não importa a idade, é só chegar na unidade de saúde mais próxima da sua casa, com a caderneta de vacinação.
Claudia esclarece ainda que a caderneta é importante para a verificação de possíveis vacinas que o usuário tenha direito e ainda não se imunizou. Para quem não tem a caderneta, o posto de saúde faz na hora.
Este ano, o Ministério da Saúde vai ampliar em 163% o quantitativo de vacinas compradas para a hepatite B (83,2 milhões). A medida visa atingir o público tido como mais susceptível ao contágio, e que se encontra na faixa dos 20 aos 30 anos. Essa faixa etária é considerada, pelos estudiosos, a mais propensa à transmissão da doença que ocorre por meio do contato sexual ou pelo sangue.
A vacina é ministrada em três doses, em espaço de tempo da primeira dose de 30 e 180 dias. É preciso completar o ciclo vacinal para estar imunizado contra a doença. Devido a esse ciclo de três doses, muitas pessoas acabam não retornando ao posto de vacinação para concluir a imunização. Porém, conforme relata a gerente de imunizações, independente do prazo em que se tomou a primeira dose, sempre é possível completar o ciclo.
A hepatite B é uma infecção do fígado que nem sempre apresenta sintomas e pode tornar-se crônica. Cerca de 70% dos adultos expostos ao vírus da hepatite B não apresentam sinais. Somente 30% apresentam os sintomas da forma aguda. Dos adultos infectados, cerca de 5% a 10% terão hepatite B crônica, daí a importância da extensão da faixa etária dessa vacina pelo SUS.
A transmissão pode ocorrer pela relação sexual desprotegida, pelo compartilhamento de objetos contaminados como: lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, alicates de unha, materiais para colocação de piercing e tatuagens, instrumentos para uso de drogas, acidentes com exposição a material biológico e procedimentos cirúrgicos, odontológicos e de hemodiálise, em que não se aplicam as normas adequadas de biossegurança.