Macaé: para quem quer conhecer um pouco mais da história do município

30/08/2010 08:55:36 - Jornalista: Alexandre Bordalo

Foto: Kaná Manhães

As histórias e lendas de Macaé são contadas por um gaúcho apaixonado pela cidade

Mesmo não tendo nascido em Macaé, o gaúcho Giovanni Haas conhece e ama a capital nacional do petróleo como poucos. Ele é assessor da Subsecretaria Municipal de Acervo e Patrimônio Histórico (Semaph), da prefeitura, e participa do projeto Integração Museu-Escola, ministrando aulas sobre o município para cerca de 480 pessoas por mês.

Isso se dá nas visitas guiadas para alunos de instituições de ensino, distribuídas no município, e funcionários de empresas que procuram o Solar dos Mellos para agendar esse trabalho gratuito.

São 51 slides e fotos sobre o Solar dos Mellos e sobre a geografia do município de Macaé que ele discorre, além de referir-se também a assuntos como Motta Coqueiro, o fato de o desenvolvimento da cidade ter começado na região serrana e posteriormente ter vindo para a região litorânea, as divisas do município, entre outros.

A respeito do Solar, Giovanni conta detalhes de sua construção, particularidades da família Mello e serviços oferecidos na Casa.
Já os temas que dizem respeito à segunda parte de sua fala enfocam o desenvolvimento do município do século XIX até a vinda da Petrobras. Sua palestra tem a duração de cerca de duas horas.

Ele conta para uma plateia de 30 pessoas, que preenche o auditório Washington Luiz, em sessões que ocorrem quatro vezes por semana, que o Solar dos Mellos foi comprado pelo jornalista Cezar José de Souza Mello, em 1911. No Solar foram realizados debates pelos frequentadores da casa, em saraus promovidos por seu proprietário. O historiador Antonio Alvarez Parada, o fotógrafo Luiz Solon e a escritora Mariná Sarmento eram ilustres que participavam das atividades culturais e sociais no Solar.

- Mostro ao público referências aos patrimônios histórico, arquitetônico, natural e imaterial de Macaé. Imateriais são as lendas, festividades, procissões. Arquitetônicos podem ser exemplificados pela Igreja de Santana e o próprio Solar dos Mellos, que também são bens históricos. Já um patrimônio natural são as praias, cachoeiras, montanhas macaenses – explica Giovanni.

Ele ressalta em suas palestras, conhecimentos estudados pelas historiadoras Conceição Franco e Gisele Muniz – esta última é a coordenadora das Visitas Guiadas. Segundo disse, documentos averiguados e analisados pelas duas profissionais dão sinais de que houve progresso na cidade, desconstruindo o mito da praga de Motta Coqueiro de que Macaé ficaria cem anos sem se desenvolver.

Exemplos de crescimento na cidade foram a vinda da Linha Férrea, a construção da Usina de Carapebus, a Usina Hidreelétrica de Glicério, entre outros.

- Moro em Macaé há dez anos. Gosto muito daqui. Já morei em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. Acho que o importante é que as pessoas criem vínculos e laços com o local onde moram. Mesmo não sendo nascido aqui, Macaé tem muitas coisas boas para oferecer – justifica.

Para conhecer um pouquinho mais sobre o município, diretores e professores, além de gerentes de empresas, podem ligar para a subscretaria de Acervo e Patrimônio Histórico, que funciona no Solar dos Mellos, no telefone: 2759-5049 e agendar uma visita guiada para seu grupo, que deve ter no máximo 30 pessoas.

As aulas, com utilização de slides, ocorrem todas as quartas-feiras e quintas-feiras, nos períodos da manhã e da tarde. A Semaph fica na Rua Conde de Araruama 248, Centro.