A coordenadora da Corafro – Coordenadoria de Cultura Afro-Brasileira da Fundação Macaé de Cultura – a professora e doutora em literatura africana, Sônia Maria Santos, participará da 1ª Conferência Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, entre os dias 29 de junho e três de julho, no Centro de Convenções, em Brasília. Junto com ela irá o representante da OAB/Macaé, o advogado Juvêncio Papes, que será o delegado da sociedade civil macaense.
O objetivo da conferência é proporcionar a formulação de políticas públicas nacionais e consolidação de parcerias para a implementação das políticas de promoção da igualdade racial no âmbito dos estados e municípios. O evento atende a grupos de populações negras, indígenas, árabes, palestinas e ciganas.
Segundo Sônia Santos, o prefeito Riverton Mussi tem manifestado desejo de apoiar as manifestações da cultura afro no município e apoiar este segmento. Segundo ela, Macaé possui 47% da população afro-descendentes.
Na 1ª Conferência Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial haverá observadores dos Estados Unidos, México, Caribe, África do Sul e de países africanos. Além disso, todos os estados brasileiros estarão representados.
Corafro – A Coordenadoria de Cultura Afro-Brasileira visa resgatar a cultura afro-brasileira em Macaé, desde outubro de 2003. Algumas conquistas da Corafro foram: o bloco de rua “Afoxé”, que valoriza as tradições africanas, o lançamento de CDs, com músicas religiosas afro-brasileiras, o panorama de arte e cultura brasileira e a instituição na secretaria Municipal de Educação da Lei 10.639, Artigo 26 A, da LDB, que obriga o ensino da História, Literatura e Arte africana e afro-brasileira em todos os níveis de ensino.
Sônia disse ainda que 2005 é o ano internacional de promoção da igualdade racial, o que resultará em ações conjuntas entre os governos federal, estadual e municipal, junto com a sociedade civil organizada para promover essa igualdade.
Em maio deste ano, Macaé realizou a Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial, quando foram discutidas políticas de saúde, educação, geração de emprego e renda, além da valorização da religiosidade e formação de grupos culturais de negros.