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Macaé participa da Expo China-Brasil

18/05/2006 16:37:45 - Jornalista: Janira Braga

Ampliar as oportunidades de investimento e apresentar produtos e serviços de empresas macaenses no mercado internacional. Com esses objetivos, o município participa de 23 a 27 de maio da Expo China-Brasil, que será realizada no China Internacional Exhibition Corporation (CIEC), em Beijin, no país asiático. Macaé marcará presença por meio de um estande institucional e com as articulações de negócios que serão travadas pelo prefeito Riverton Mussi (PSDB) e o secretário de Indústria, Comércio, Abastecimento e Energia, Alexandre Gurgel.

Estarão também presentes os vereadores Pedro Reis e João Sérgio (ambos PSDB). O secretário de Ciência e Tecnologia, Guilherme Jordan, participa em paralelo à Expo China-Brasil, da Feira de Tecnologia da China.

- Dando continuidade ao convênio assinado em dezembro do ano passado entre Macaé e o município de Yingkou, na província de Liaoning, na China, seguimos com o projeto de desenvolvimento econômico rumo à sustentabilidade da cidade. Vamos cumprir mais uma etapa dentro do acordo de cooperação que foi assinado – destaca o prefeito, citando que Macaé já foi visitada por três comitivas chinesas, pelo cônsul-geral da China no Brasil e pelo departamento comercial da China, localizado no Rio de Janeiro.

Segundo Riverton, agora é o momento de Macaé apresentar as oportunidades concretas aos investidores que aguardam a comitiva brasileira na China. “Já agendamos encontro de negócios com 25 empresários chineses”, informa o prefeito. O secretário de Indústria e Comércio, Alexandre Gurgel, ressalta que a potencialidade de investimento em Macaé e a apresentação dos produtos e serviços do município, como as empresas de solução tecnológica para o setor offshore, estarão em foco no evento.

- Os pólos Industrial e Tecnológico e o Complexo Universitário serão mostrados aos investidores estrangeiros como oportunidades atraentes da cidade – diz. O secretário observa que segundo as principais agências de análise do cenário econômico do mundo, existe um grupo de países que serão potência econômica em 15 anos, formando o bloco BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).

Na avaliação do secretário de Indústria e Comércio, que é mestre em petróleo e gás, os países deste bloco são tratados hoje como um grande parque de oportunidades para investimentos europeus e da América do Norte. “A China, como país integrante deste grupo, tem estratégia agressiva em suas relações comerciais, é considerada, atualmente, um dos maiores países do mundo e precisa ancorar o seu desenvolvimento em canais de distribuição de produtos fora do seu mercado”, avalia Gurgel.

BALANÇA COMERCIAL – O secretário analisa que o Brasil tem estratégia similar. “Apesar do Brasil viver um momento econômico ruim, o país tem a estratégia de equilibrar sua balança comercial e buscar oportunidade para colocar seus produtos no mercado internacional”, diz. Desta forma, Gurgel frisa que Macaé vai levar tecnologia, produtos e serviços para oferecer na China, que por sua vez, também apresenta o mesmo arranjo para o Brasil.

Gurgel exemplifica que a China disponibiliza hoje bens manufaturados em escala e o Brasil apresenta boa tecnologia em águas profundas. “Este tipo de oportunidade justifica a participação de Macaé em uma feira deste porte”, alinhava. A cachaça foi outro exemplo citado pelo secretário de Indústria e Comércio como um produto brasileiro, que Macaé tem linha de fabricação, cobiçada pelo mercado chinês.

Os representantes de Macaé seguem do município para o Rio de Janeiro, onde embarcam em um vôo para a China na sexta-feira (26) à noite, com escala na Alemanha. São cerca de 30 horas de vôo e desta forma, o grupo chega ao país asiático no domingo.

Energia será um dos setores mais disputados na Expo China-Brasil

A previsão do mercado financeiro é que o setor de energia seja um dos mais discutidos na Expo China-Brasil, com disponibilidade de conhecimento, máquinas, equipamentos, materiais e infra-estrutura. Além disso, a mineração, o agronegócio, o turismo e os esportes também estarão em foco.

Um dos objetivos do evento é viabilizar o contato na China entre empresários e governos brasileiros e chineses, por meio da exposição e de visitas a empresas públicas e privadas e órgãos governamentais daquele país, para a realização de negócios e a atração de investimentos produtivos e em infra-estrutura de logística dos setores-alvo do evento.

A Expo China-Brasil vai ocupar uma área de 4,5 mil metros quadrados e reunirá um pool setorial e regional de médias e grandes empresas, entidades empresariais, exportadoras, importadoras, governos e empresas públicas municipais, estaduais e federais. Esta é a segunda edição do evento, que é organizado pelo Icooi (Instituto de Cooperação Internacional). Segundo o mercado econômico, a China é considerada hoje o maior consumidor do mundo. O país cresce uma média de 9% ao ano.