Comitiva composta por secretários e empresários de Macaé participará da Offshore Technology Conference (OTC), a maior feira de petróleo do mundo, que se realizará em Houston, Estados Unidos, de segunda-feira (05/05) a quinta-feira (08/05), grande oportunidade de dialogar com investidores na área de petróleo e gás e em outras áreas, para implementação de negócios no município.
O secretário executivo da Indústria e Comércio, Guilherme Jordan, acompanhado do assessor especial de Relações Exteriores da secretaria, Adolfo Moura, chefia a delegação de empresários macaenses, fornecedores da cadeia produtiva do petróleo e empreendedores de áreas diversas, que farão contatos em busca de parceiros para negócios futuros. Guilherme justifica a participação de Macaé na OTC.
- Macaé é referência internacional na atividade de exploração offshore, e na tecnologia de exploração em águas super profundas. Tornou-se também bastante atraente para investimentos devido à estabilidade econômica do país, além das condições climáticas, do alto preço do barril de petróleo que, ano passado, estava a R$ 70 e, hoje, atingiu mais de R$ 110, explicou Guilherme Jordan.
O secretário também se referiu à localização de Macaé como fator importante na atração de investimentos.
- A empresa que investir na área de exploração e produção de petróleo e gás na Bacia de Campos, naturalmente, vai atentar pára o seu entorno, onde se localizam os campos Tupi e Carioca, que vão da Bacia de Santos à Bacia de Campos
que, por sua vez, fica entre as Bacias de Santos e do Espírito Santo. Por isto, pode-se dizer que a Bacia de Campos é ponto estratégico interessante para empresas de apoio, prestação de serviços, logística, entre outras atividades, voltadas à indústria do petróleo, disse.
Jordan acrescentou que a indústria do petróleo representa grande parte da economia do estado; é grande geradora de emprego e renda no estado e é o vetor principal da economia macaense. Daí, a importância da participação de Macaé na OTC, como gigante que é na exploração e produção do petróleo. A Conferência Mundial da atividade offshore possibilita o estreitamento das relações entre o município e as empresas do setor, e fortalece o crescimento econômico e social.
- O conhecimento do novo é fundamental ao empresariado do setor. Durante a Conferência são apresentadas as mais novas tendências e tecnologias aplicadas à exploração e produção offshore, o que interessa aos componentes da comitiva, formada por empresários macaenses e a prefeitura de Macaé, em parceria com a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP) e o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), responsáveis pela organização do pavilhão brasileiro, espaço destinado ao empresariado e às prefeituras.
Adolfo Moura fala do principal objetivo de sua pasta no evento. “O Comércio Exterior vai apresentar Macaé como grande opção de negócios em diversas áreas. Vamos representar muito bem o prefeito e o município, e mostrar a integração que há entre a administração municipal e o governo do estado do Rio de Janeiro e o governo federal, cuja economia é estável, fator convidativo para qualquer investidor. A OTC não é uma feira específica de negócios, mas a presença do expositor é o mais importante, para se dar a conhecer; é o relacionamento olho no olho, com pessoal conhecido, para um diálogo mais preciso”, acentuou.
Adolfo disse que o segundo objetivo é registrar a presença de Macaé no contexto mundial, município maior produtor de petróleo no Brasil, e mostrar que o município está preparado para receber investimentos altíssimos não só na área do petróleo, que é alavanca para negócios diversos, mas em setores como o imobiliário, por exemplo, em grande expansão na cidade. O petróleo é grande aglutinador de negócios”, disse.
Para Adolfo Moura, o terceiro objetivo da participação de Macaé é mostrar que somos uma cidade organizada, estruturada, que possui na administração profissionais com conhecimento de economia e do efeito da participação da indústria petrolífera no município e região. “Qualquer investidor deverá acreditar na existência de profissionais capazes de entender os objetivos de quem pretende investir”, afirmou.
Para a absorção de mão de obra e oferta de emprego e renda na cidade e região, em nossos dias, Adolfo aponta um caminho fora da indústria específica do petróleo.
- Há necessidade de empresas que invistam na região em setores que não exijam mão de obra super qualificada, como o curso de salvatagem, por exemplo. Há necessidade de investimentos em atividades que incrementem a economia local, em que o trabalhador aprenda o serviço na própria empresa ou no exercício prático da função, atividades que não exijam qualificação específica para a área do petróleo. Uma indústria de ar condicionado, por exemplo, requer mecânicos treinados pela empresa ou pelo SENAI, sem exigência de grande qualificação”, exemplificou.