O concurso “Tire essa idéia da cabeça”, do Programa de Leitura da Petrobras, teve sua final em Macaé, quarta-feira (07), no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho. Segundo a coordenadora do programa em Macaé, professora e escritora Maria Georgina de Souza, o município concorreu à categoria “Cena” com a peça “Precisa-se”, escolhida entre “Cidadania, Direito de Todos”, “O Bicho” – texto de Manuel Bandeira, “Rap da Natureza”(música), “A vida como ela é” e “A Invasão de Lavado”, peça premiada no Programa de Criança da Petrobrás.
- O trabalho com a Petrobras é sempre uma parceria que dá certo. Admiro o programa, desde sua criação e execução em conjunto com a Educação, quando trabalhava como orientadora educacional. Hoje, como secretária de Educação, tenho a oportunidade de conhecer o programa e acompanhá-lo mais de perto, inclusive conhecendo o trabalho realizado nos outros municípios da Bacia de Campos e seus resultados, que aparecem no desenvolvimento e melhor rendimento escolar dos alunos, disse a secretária de Educação, Milmar Pinheiro.
A escritora Marina Colassanti anunciou os vencedores da categoria Texto, justificando a escolha de cada um. O aluno Jorge Alexander, 24, do 3º ano do ensino médio do Colégio Estadual Professor Télio Barreto recebeu Menção Honrosa. Marina disse que é um trabalho interessante, porque faz uma leitura crítica da realidade social do país, utilizando-se dos conceitos emitidos nas frases do Hino Nacional, além de cobrar das nossas autoridades a execução das idéias transmitidas em seu conteúdo. A escritora deu o primeiro lugar ao texto “A Plantinha”, do aluno Alex Alves, 12, de Conceição de Macabu. “Leva o prêmio, porque é muito jovem, e deu o conceito à cidadania, sem usar frases feitas; inventou uma história, que não é uma receita”, justificou.
O jornalista da Petrobras, Márcio von Krieger, um dos juízes do concurso, deu detalhes do programa. “O Programa de Leitura da Petrobras tem por objetivo principal a inserção social, através da leitura. Cada ano, é escolhido um tema. Este ano, o escolhido foi Cidadania, que proporcionou a apresentação de trabalhos de alto nível por parte das escolas dos 13 municípios da Bacia de Campos, que fazem parte do programa da empresa.
Para o presidente da ONG Argus, Jason Prado, a parceira da Petrobras e da Educação no programa, desde quando foi iniciado em Macaé, há 13 anos, o rendimento dos alunos vem crescendo, chegando, em alguns casos, a somar 50%, em português e matemática, as matérias em que o aproveitamento era mais fraco até então. “Quando iniciamos, não havia sequer uma sala de leitura nas escolas de Macaé. Hoje, todas as escolas dispõem de uma”, observou.
O gerente geral do Ativo de Albacora, Luiz Carlos Cronemberger, ressaltou que não se pode medir o retorno do programa em dinheiro. “O sucesso do programa é medido pela alegria do palhaço (referindo-se a uma das peças apresentadas), pelos textos, as rimas. Essas são as causas da continuidade do programa.“O desafio é a nossa força”. O programa ajuda a concretizar o sonho de um mundo melhor”, concluiu.