Macaé presente no IV Congresso Latino Americano de Ciências Sociais e Humanidades

21/07/2010 16:27:01 - Jornalista: Alexandre Bordalo

Macaé vai participar do IV Congresso Latino Americano de Ciências Sociais e Humanidades: Imagens da Morte. O evento será realizado na Universidade Salgado de Oliveira (Universo), no centro de Niterói, entre os dias 26 e 30 deste mês. Da subsecretaria de Acervo e Patrimônio Histórico da prefeitura marcarão presença no encontro os historiadores Conceição Franco, Bruno de Azevedo e Alice Tavares.

Além de participar do Congresso por meio de palestras, eles também colaboram na organização do evento, que contará com a participação de 160 pesquisadores, apresentando 115 trabalhos. Destes participantes, 43 são do Brasil, 30 da Argentina, 22 do México, oito da Colômbia e outros 22 provenientes do Chile, de Cuba, Espanha, Itália, Peru, Porto Rico, Portugal e Venezuela.

De acordo com a historiadora Conceição Franco, sua palestra abordará o tema: “Morte, sepultura e túmulos na construção da memória no município de Macaé (1855 e 1910)”. “Farei uma análise como a morte, o cemitério e três sepulturas se tornaram elementos significativos de construção da memória macaense nos períodos de 1855 e 1910”, explica ela.

Conceição acrescenta que: “a partir da morte e sepultura de Manoel da Motta Coqueiro (1855) e dos assassinatos e túmulos de Argeo Victor Hugo Brazil e Honório Souza (ambos em 1910), examino o modo pelo qual a morte, os cemitérios onde as respectivas sepulturas estão situadas se constituíram como atores substanciais para a construção de memórias, esquecimentos e silêncios”.

Ela continua dizendo que sua palestra vai mostrar que ao longo dessa análise as diferentes memórias construídas a partir desses objetos de estudo do passado macaense foram alvo de diversas profusões e reconstruções ao longo do tempo.

- Igualmente foi possível concluir que em Macaé os elementos que nos fornecem artefatos funerários existentes nos cemitérios revelam a sua importância como instrumento de interpretação da história, pois lápides, epígrafes e iconografias destes locais de enterramentos são representações que foram produzidas, reproduzidas, ao longo do tempo, nas diversas dimensões do cotidiano dessa sociedade – conclui a historiadora.