logo

Macaé realiza III Fórum Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência

29/05/2006 15:07:18 - Jornalista: Cesar Dussac

A Prefeitura de Macaé abriu nesta segunda-feira (29), às 9h, no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho (Macaé Centro), o III Fórum Municipal dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência, através do Conselho e Fundo dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência. O evento tem como tema “Acessibilidade com Sensibilidade”.

O prefeito Riverton Mussi foi representado pelo subsecretário de Saúde Luís da Penha. “O prefeito atende a todas as secretarias, mas creio que seu maior comprometimento é com a Saúde do município. O atendimento às pessoas com deficiência vem merecendo dele todos os esforços. Há 30 anos estou em Macaé. Vim para a inauguração da Pestalozzi. Tratamos nossas crianças como nossos filhos. Macaé cresceu, mas hoje, Graças a Deus, a pessoa com deficiência, aqui, participa do mercado de trabalho”, disse o médico.

O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência, Hildemar de Miranda Barbosa, comentou as palavras da deputada estadual e treinadora cadeirante de atletismo, Georgete Vidor, a um jornal local. “A deputada e treinadora se redimiu de declarações feitas, há dois anos, ocasião de sua primeira visita a Macaé, quando criticou a atenção dos órgãos públicos aos portadores de deficiência em nossa cidade. Há alguns dias, ao participar de evento na Pestalozzi, reconheceu que a prefeitura dá toda a atenção a esse público especial”, disse.

Hildemar Miranda comparou a cidade de Macaé antes da vinda da Petrobras com os dias atuais. “A cidade cresceu, pagamos o preço do progresso, mas foram aprovadas muitas leis – desde que Riverton se tornou vereador e presidente da Câmara - que atendem aos portadores de deficiência. Através do projeto Sem Fronteiras, a Petrobras abriu as portas para os deficientes qualificados do município”, frisou.

Cadeirante há 16 anos, Hildemar revelou sua satisfação em poder se reunir com os amigos no calçadão. Acrescentou que o Solar dos Mellos pode receber os deficientes, citou a criação de uma audioteca, lembrou que as calçadas foram rebaixadas, os cadeirantes têm acesso facilitado ao Fórum e juiz não precisa mais descer para fazer o atendimento. “Além disso, a prefeitura de Macaé colabora financeiramente com as instituições que abrigam deficientes”, declarou. Hildemar disse ainda que já existem as leis municipais que atendem aos portadores de deficiência. Ele pediu mais fiscalização para que as empresas de obras e de ônibus as cumpram”, finalizou.

O ex-técnico da Seleção Brasileira de Basquetebol em cadeiras de Rodas, Antonio Carlos, falou da criação do projeto Macaé Para-Olímpico. “O projeto vai começar com o basquete em cadeira de rodas, porque é o primeiro esporte adaptado a deficientes e engloba o maior número de atletas com deficiência física motora em uma só modalidade. Após a formação de uma equipe, abriremos para outras modalidades como tênis de mesa, tênis de quadra e atletismo”, contou. Antonio Carlos falou que ficou impressionado com a integração das secretarias em prol de um mesmo objetivo e com a organização do Conselho, cuja gestora é a fisioterapeuta Marli Reis, que o convidou para implantar o projeto esportivo.

Segundo o presidente da Associação Macaense de Apoio aos Cegos – AMAC – Marcos Passos, o poder público nos níveis federal e estadual tem que tomar providências para que os deficientes tenham acesso a todos os locais, sem barreiras arquitetônicas. “Sei que o prefeito Riverton Mussi está imbuído neste propósito. Outra reivindicação que fazemos é que as empresas estejam mais voltadas para os ideais de responsabilidade social”, observou.