Macaé sai na frente com mudanças sobre Porto Seco

01/09/2006 16:26:15 - Jornalista: Simone Noronha

A prefeitura de Macaé sai na frente para a implantação do Centro Logístico Industrial Aduaneiro (Clia) da Região Norte Fluminense. O Centro é a nova denominação do Porto Seco, cuja legislação foi modificada através de Medida Provisória do Governo Federal. De acordo com o coordenador de Comércio Exterior da prefeitura, Adolpho Moura, o município iniciou estudos de impacto ambiental em duas áreas para a implantação do Clia.

- Estamos fazendo este estudo junto com órgãos ambientais, como a Feema, para definir o local ideal para a implantação do Clia. Por seu perfil econômico, Macaé tem ótimo potencial para abrigar uma estação aduaneira, já que há em seu território empresas do mundo todo -, diz o coordenador. De acordo com ele, a definição da área é o primeiro passo para que o município consiga a licença para explorar serviços de movimentação e armazenagem de produtos importados.

- Para o município, isso abre um leque de novas oportunidades e de geração de emprego. Pela nova legislação, o Clia é considerado área internacional, e não apenas um simples depósito. Isso permite que sejam instaladas até fábricas lá dentro, com impostos menores. Podemos conquistar fatias de mercado diferentes, como o comércio de flores, laticínios e peixes ornamentais, que têm grande procura no mercado internacional -, afirma Adolpho Moura.

Para divulgar melhor o que é o Clia, a Coordenadoria de Comércio exterior realizará uma série de palestras para empresários. O Clia pode ser feito pelo município ou pela iniciativa privada, ou mesmo numa parceria entre os dois. “Temos muito interesse em instalar uma estação aduaneira em Macaé. Isso poderá trazer indústrias para a cidade, garantindo o desenvolvimento após o ciclo do petróleo”, comenta o coordenador.

A instalação de uma estação aduaneira é pleiteada por Macaé desde 2001, quando foi aprovada a licitação, mas por problemas da Receita Federal acabou não acontecendo. Outro ponto positivo para que a cidade tenha um Clia é a sua logística privilegiada: próximo aos grandes centros e à BR-101. Além disso, a prefeitura está pleiteando junto à Infraero agilidade na ampliação do Aeroporto, duplicando a pista dos atuais 1,2 mil metros para 2,4 mil metros. Isso daria condição de pouso de aviões B-767, avaliados como “espinha dorsal” da carga aérea internacional.