A prefeitura de Macaé se antecipou ao Ministério da Saúde e já havia adiado a aplicação da vacina antirrábica desde o dia 16 de setembro. Na última quinta-feira, o Ministério da Saúde, cancelou a campanha nacional de vacinação, que aconteceria no próximo dia 16. A medida foi tomada devido a resultados preliminares de testes, que indicaram a ocorrência de efeitos graves e mortes de animais depois da vacinação. Entre as reações identificadas, estão intensa dificuldade de locomoção, hipersensibilidade de contato e intensa prostração.
A data da campanha nacional já havia sido transferida do dia 18 de setembro para o dia 16 desse mês. Na ocasião, o motivo da mudança da data foi devido às reações em animais nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, o que levou as secretarias estaduais de Saúde, em conjunto com as secretarias municipais, juntamente com o Ministério da Saúde, responsável pelo fornecimento, a interromper a vacinação para a investigação das ocorrências.
Em Macaé, este ano já foram vacinado, nos 86 postos fixos e volantes instalados no município, mais de 17 mil gatos e cachorros, superando a meta estabelecida.
- O cancelamento da data nacional de vacinação anti-rábica é por cautela. Ainda não sabemos se haverá uma nova data para retornar com a vacinação, e também não foi decidido se a vacina aplicada será a mesma. Recomendamos a todos que tiveram seus animais vacinados, observá-los, e caso apresentem alguma reação, procurar um veterinário, informa o diretor técnico do Centro de Controle de Zoonoses m(CCZ), Rogério Lemos.
A vacinação nacional ocorreu em 22 estados e no Distrito Federal. Foram vacinados 7,9 milhões de animais em todo o país. De 12 de agosto a 6 de outubro, 12 estados notificaram ao Ministério 1.401 eventos graves envolvendo animais, com 217 mortes.
A vacina usada na campanha nacional é a RAI-PET®, produzida pelo laboratório Biovet,que desde 2003 tem registro no Ministério da Agricultura. O Ministério da Saúde comprou 30,9 milhões de doses da vacina, por R$ 23,4 milhões. A vacina utilizada até o ano passado era a Fuenzalida & Palacios,e assegurava proteção durante seis a sete meses.