Macaé foi escolhido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) para sediar o Seminário de Propriedade Intelectual, realizado nesta segunda-feira (05) no auditório Laboratório de Engenharia de Produção e Exploração de Petróleo (Lenep). Durate o evento, foi assinado termo de cooperação técnica entre o INPI e a Fundação Educacional de Macaé (Funemac). Pela primeira vez, o INPI realiza o evento fora da capital.
Na abertura do evento o vice-prefeito, Carlos Augusto de Paula, o Carlão, enfatizou a importância do evento como incentivo ao fomento das atividades de pesquisa e capacitação dos profissionais.
- Nos últimos anos, vimos nascer uma Macaé diferente. Impulsionada pelo crescimento da indústria de petróleo e com algumas das maiores multinacionais do mundo no setor. O município também é um berço de pesquisas em novas tecnologias. Um exemplo é o próprio Lenep, único da América Latina do setor – disse o vice-prefeito.
O presidente da Funemac, o professor Jorge Aziz acrescentou que a difusão da cultura da propriedade intelectual no município é imprescindível, pois o município vive um movimento intenso de atividade econômica e tecnológica que vem convergir com os interesses do processo de desenvolvimento local. “O papel hoje do governo municipal está sendo de fomentar este processo gestão da informação para todas as empresas e instituições de pesquisas locais”, comentou.
O secretário de Ciência e Tecnologia, Guilherme Jordan, explicou que durante o seminário e o curso que começa nesta terça-feira (06) na Funemac, será passado todo conhecimento da INPI para poder desenvolver cursos de gestores de registros de marcas e patentes. Além disso, será repassado todo conhecimento de propriedade industrial, que vai fazer parte do calendário de treinamento entre as secretarias para buscar o desenvolvimento sócio-econômico da região.
O vice-presidente da INPI, Jorge Ávila, ressaltou que o Seminário de Propriedade Intelectual visa uma aproximação da INPI com as universidades brasileiras e com o sistema de indústrias com a tentativa de difundir a cultura da propriedade industrial como as marcas, patentes e formas de utiliza-las.
Ele acrescenta que num primeiro momento é feito com que as universidades utilizem mais o sistema de marcas especialmente os de patentes para que através deste sistema transfiram com mais facilidade os conhecimentos adquiridos na instituição de ensino para as indústrias que tenham interesse e possibilidade de levar este conhecimento na forma de produtos e serviços para o mercado.
- Em Macaé especificamente o Lenep por ser um centro dedicado à indústria do petróleo, a propriedade industrial pode facilitar os acordos de cooperação entre a instituições como o Lenep, a Petrobras e seus fornecedores, disse.
Jorge Ávila revelou ainda que de cada cinco patentes depositadas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), apenas uma é depositada por brasileiros. E das patentes que são concedidas, de cada 10 apenas uma é de brasileiros. “Este é um momento para difundir a importância da atividade intelectual, pois é um instrumento para facilitar a cooperação entre a universidade e as empresas, priorizando a geração de conhecimentos”, finalizou.